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Homem quebra perna após ficar preso em ralo de piscina em Caldas Novas

O acidente ocorreu na piscina ao lado do mesmo hotel em que o menino Kauã Davi morreu após ficar preso em um ralo

postado em 14/01/2014 10:19

Josias Andrade, de 43 anos, fraturou a perna direita depois de ficar com o pé preso no ralo de uma piscina do mesmo condomínio em que o menino Kauã Davi de Jesus Santos, 7 anos, morreu no sábado (4/1), em Caldas Novas (GO).

De acordo com Andrade, na última quinta-feira (9/1) , ele e a família - moradores de Taguatinga (DF) - estavam em uma piscina fria do Condomínio Privé das Thermas, quando os funcionários do estabelecimento pediram para eles saírem para poderem fazer a manutenção no local. A família decidiu, então, ir para a piscina ao lado, de água quente. Josias estava andando dentro da piscina, quando o pé dele ficou preso em um ralo.



Segundo a filha da vítima, Priscila Andrade, de 19 anos, a água batia no ombro de Josias e por isso o pai não teve a respiração prejudicada. Ele demorou cerca de 30 minutos para ser socorrido. Três bombeiros participaram do resgate.

Josias foi levado para o hospital da cidade com fratura no osso e com luxação nos três dedos do pé direito. De acordo com Priscila, a família chegou no residencial no dia em que Kauã morreu. Eles havia decidido ir para o condomínio já sabendo do último incidente, contudo eles ainda não tinham sido informados da morte do menino.

[SAIBAMAIS]De acordo com Priscila, os funcionários do condomínio não deram assistência ao pai. O estabelecimento teria desligado a internet do local para impedir que a filha postasse o vídeo produzido por ela, em que mostra o momento em que Josias ficou preso na pscina.

De acordo com o titular da Delegacia Municipal de Caldas Novas, Pedro Garcia Caires, a vítima prestou queixa na sexta-feira (10/1). Segundo o delegado o caso será investigado e a sindica do condomínio pode responder por lesão corporal culposa.

O advogado do Condomínio Privé das Therma, Gildomar Rezende da Rocha Júnior, informou que o estabelecimento está de acordo com a nova lei municipal e que o incidente está sendo apurado. A nota divulgada pelo condomínio salientou ainda que o Josias teria ficado com o pé preso, "após retirar o ralo de proteção, talvez por descuido, ou pondo à prova à resistência".

Leia abaixo a nota na íntegra

"O condomínio Residencial Privé das Thermas, juntamente com a administração e todos os colaboradores, ainda muito abalados com o incidente que trouxe, dias após ocorrido, a óbito a criança Kauã Davi de Jesus Santos, qual teve seu braço puxado pelo cano de saída da água no retorno da cascata, declara que, como sempre preocupados primeiramente com o bem-estar e segurança de seus condôminos e usuários, sendo o pioneiro no cumprimento das regulamentações, bem como em determinações relacionadas ao condomínio e seu uso, no primeiro dia, conforme previsão legal municipal sobre a manutenção de salva-vidas nas margens das piscinas, contratou apoio suficiente para zelo da segurança no local. Esclarecemos assim, que todos os cuidados foram tomados, que tal acidente fora mais um imprevisível fato, que está sendo apurado, visto que as informações coletadas foram de que apenas manteve o pé do hóspede encaixado na tubulação, isto após este retirar o ralo de proteção, talvez por descuido ou pondo à prova a resistência. Salientamos que tal saída de água não possui bomba de sucção, bem como no momento não se fazia nenhum tipo de pressão. Que a equipe de apoio, digo, socorrista estava no local e que assim que fora percebido tal fato, foram tomadas as providências necessárias e ao alcance."

Não é a primeira vez

Kauã Davi morreu por falência de órgãos, após ficar três dias internado

Nove dias antes do acidente com Josias, o menino Kauã Davi de Jesus Santos, teve o braço sugado por um ralo de uma das piscinas do Condominío Priv; das Thermas I. A criança ficou submersa por quase 10 minutos.

Kauã ficou internado por três dias, mas não resistiu aos ferimentos e, no Hospital Santa Helena, na Asa Norte.

O acidente ocorreu na piscina ao lado do mesmo hotel em que o menino Kauã Davi morreu após ficar preso em um ralo

Após o acidente de Kauã, O condomínio havia informado ao Correio que as piscinas ficaram fechadas por três dias para a realização da perícia e manutenção dos ralos, que já foram substituídos. O resort acrescentou que passou a contar com o auxílio de dois salva-vidas, um no perído matutino e outro no vespertino.

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