Cidades

Condomínio proíbe colocação de vasos de plantas em janelas da 407 Sul

Dona das espécies se insurgiu contra a regra e faz campanha para obter o apoio dos vizinhos. O intuito é mudar a convenção

postado em 15/01/2014 06:57
A coleção de plantas começou a ser formada há 17 anos por presentes e por espécies que Cláudia comprou
Dois moradores protagonizam uma polêmica sobre a permissão ou não de manter vasos de flores na janela do apartamento no Bloco V da 407 Sul. Há 17 anos, desde que se mudou para o prédio, a autônoma Cláudia Almeida, 50, cultiva as plantas que tanto gosta. Agora, foi notificada para que retire a coleção. O síndico argumentou que ela infringia o regulamento interno do condomínio e, portanto, deveria mudar os vasos de lugar. A questão gira em torno do uso da área externa do edifício. Até o momento, o impasse permanece. Cláudia recebeu uma multa, mas se recusa a pagá-la por entendê-la injusta.

;Tenho o jardim desde 1996. Sempre gostei. Aí, ganhei uma planta de presente, o namorado dá, vejo uma e compro e assim vai. Não quero sucumbir e tirá-las daqui. Não vejo porquê. Tirar por capricho?;, questiona Cláudia. Ela se defende dizendo que não há uma justificativa plausível para a advertência e que não havia tido problemas semelhantes nos anos anteriores no condomínio. Em novembro, Cláudia recebeu uma visita de um morador reclamando da presença das flores. Em seguida, a primeira notificação. Pouco tempo depois, em 6 de dezembro, uma assembleia que reuniu cinco condôminos decidiu, por quatro votos a um, que a defensora das plantas deveria pagar pelo descumprimento do aviso. Cláudia não participou da reunião.

A multa de R$ 313, mesmo valor do condomínio, deixou Cláudia irritada. ;Além desse montante, nós, que somos proprietários, pagamos taxas extras que chegam a R$ 800. O valor é arbitrário e muito alto;, avalia. Desde o início da semana, ela começou uma cruzada para conseguir apoio de outros moradores. Está batendo em todas as portas para contar a história e fazer uma enquete. Quer saber quem se incomoda com a presença das plantas. Se alcançar maioria, pretende levar o caso a uma nova assembleia e propor a alteração das regras. Caso contrário, considera inclusive recorrer ao Juizado de Pequenas Causas.

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