Cidades

Comparação de roupas de garçons com traje de Messi gera ciumeira no Beirute

Garçons do Beirute da 109 Sul ficaram enciumados após os colegas, da 107 Norte, terem sido comparados ao craque argentino Lionel Messi. Em tom de brincadeira, eles se consideram os verdadeiros titulares do time do tradicional bar de Brasília

Marcelo Abreu, Especial para o Correio
postado em 16/01/2014 06:03
O terno usado pela equipe do tradicional bar é semelhante ao que o atacante do Barcelona trajava na cerimônia da entrega da Bola de Ouro: fama nas redes sociais

A confusão está formada. É duelo de rachar. E envolve dois dos bares mais tradicionais da cidade. Na verdade, apenas um, que se dividiu em dois: o velho e sempre Beirutão, na 109 da Asa Sul (que completa, em 2014, 48 anos), e o Beirutinho, do outro lado da Asa, na 107 (que, em outubro, chega ao seu sétimo ano de vida). A coisa está pipocando nas duas asas.

E a ciumeira se deve pelo fato de ontem o Correio Braziliense publicar, no alto da capa, com status conferido às celebridades, a foto de alguns dos garçons do Beirutinho, vestidos com o uniforme que sempre lhes pertenceu ; um terno vinho com gravata borboleta. Quase igual, quase igualzinho, ao que o craque argentino Messi usou na festa de premiação da Bola de Ouro, em Zurique, na Suíça.

A comparação entre a roupa chique do argentino (da grife italiana Dolce & Gabbana ) e o uniforme dos garçons (feitos pelo bom e atento alfaiate Dedé, na W3 Sul) explodiu nas redes socais. Pipocaram publicações na internet, com montagens de Messi carregando uma bandeja entupida de kibeirute (um dos pratos mais tradicionais e pedidos da casa). O detalhe é que o terninho do baixinho Messi custou R$ 3.300. Coisa de gente rica. Vai encarar? Dedé, bem aqui na sua alfaitaria, cobra R$ 140 pelo modelo.

Mas, afinal, por que a ciumeira entre os garçons dos dois Beirutes? Os homens de gravatinha borboleta da Asa Sul, mais antigos, se sentiram discriminados. E acusam o jornal de dar espaço aos ;reservas; do time Beira (como o bar é chamado carinhosamente pelos seus frequentadores). Reserva? ;Sim, eles são mais novos. Foram nossos estagiários. Aprenderam tudo com a gente;, ralha o goiano José Angélico de Jesus, o Zezão, de 56 anos e há 21 carregando bandeja pra cima e pra baixo para sustentar os três filhos. ;Nós criamos esses meninos do Beirutinho.;

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