Os cerca de 50 alunos da Universidade Gama Filho que passaram a noite acampados no Palácio do Planalto se reúnem com o Ministério da Educação (MEC), nesta quinta-feira (16/11). Os estudantes pedem a federalização da universidade e do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade), que foi descredenciada pelo Ministério da Educação (MEC), na segunda-feira (13/1). Até o início da tarde não há uma definição sobre a situação da universidade.
De acordo com o Ministério da Educação, a universidade foi descredenciada pela baixa qualidade acadêmica, o grave comprometimento da situação econômico-financeira e a falta de um plano viável para superar os problemas. Os alunos serão transferidos para outras universidades.
A reunião de hoje será para que o grupo possa acompanhar o processo de transferância assistida, de acordo com a coordenadora geral de saúde do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da universidade, Lívia Freitas Rodrigues, 25 anos. Contudo, o grupo informou que permanecerá em Brasília até conseguir um diálogo com a presidente Dilma, para falar sobre a possibilidade de federalização, mesmo o MEC já tendo descartado o pedido.
Na quarta-feira (15/1), parte dos estudantes da Gama Filho estiveram no Congresso Nacional, em busca de apoio de parlamentares. Entretanto, só puderam apresentar a proposta para os assessores, já que a maioria dos deputados e senadores ainda estão em recesso.
Na terça-feira (14/1), os reitores das instituições divulgaram uma nota, na qual defendem a federalização como alternativa para que os mais de 10 mil estudantes das entidades descredenciadas não fiquem sem concluir o curso superior. Na nota, eles dizem estar preocupados com a qualidade da educação, responsabilidade do governo federal no credenciamento e acompanhamento das instituições da educação superior no país.
Segundo o MEC, nunca houve uma proposta de federalização por parte dos reitores das universidades. A assessoria do MEC, também, divulgou que não há amparo constitucional para a contratação de mais de 1600 professores e mil técnicos isentos de qualquer concurso público.
O Ministério de Educação é contra a transferência dos estudantes para as universidades federais, nas quais o ingresso deve ser feito com a aprovação do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Porém, vai encaminhar as transferências para as universidades particulares para que, na retomada do ano letivo, a situação dos alunos já esteja normalizada.