Cidades

Frentista é um dos envolvidos em golpe com cartão de crédito em posto

Usando roupas de marca, cinco suspeitos foram presos e levados para a DPE. A polícia apura ainda se a atuação da quadrilha também afeta restaurantes de Brasília

Jacqueline Saraiva
postado em 21/01/2014 07:03
Uma quadrilha especializada em fraudes, responsável por um golpe milionário com cartões de crédito, foi desarticulada nesta manhã de terça-feira (21/1) pela Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, Ordem Tributária e a Fraudes (Corf). A operação, intitulada Contrare, cumpriu cinco mandados de prisão. Usando roupas de marca, os suspeitos, de idades entre 21 e 38 anos, foram levados ao Departamento de Polícia Especializada (DPE). A polícia estima que a fraude tenha causado um prejuízo de pelo menos R$ 2 milhões em seis meses.

Quatro suspeitos são moradores do Distrito Federal: Edmilson Neves Lobão, 24 anos, identificado como o líder do grupo; Cleiton Barbosa de Sousa, 27; Orlando Cruz do Nascimento, 28; e Ruane Pereira do Prado, 32. Apontado como o número dois da quadrilha, Kelson Reis Salgado, 38 anos, foi preso em um apart-hotel em Goiânia (GO).

Um dos presos é levado por um policial: crime era praticado após criminosos roubarem dados de cartões de clientes

De acordo com a investigação, parte do grupo criminoso era formado por um funcionário de um posto de gasolina. O frentista copiava os dados dos cartões dos clientes e repassava para outra parte do bando. Em posse das informações efetuavam compras de diversos tipos de produtos pela internet, como eletrônicos, roupas, passagens aéreas, ingressos para shows, entre outros. Na noite dessa segunda-feira (20/1), a polícia já havia apreendido uma máquina de clonagem de cartão de crédito, documentos de identidade e jóias.

Segundo o delegado Jefferson Lisboa, que comanda a operação, a quadrilha roubava dados de 10 a 15 cartões por dia. O funcionário do posto trabalhava há vários anos no local e os donos do estabelecimento não sabiam da ação dele. A Corf também aponta a existência da prática criminosa em restaurantes da cidade, mas nenhuma prisão foi expedida ainda, pois a investigação ainda está em andamento.



O grupo chegou a alugar um apartamento em Águas Claras para receber os produtos, que eram para uso próprio e revenda. Os suspeitos presos no DF são de Samambaia e da Colônia Agrícola Samambaia, perto de Vicente Pires. O que foi detido em Goiânia também será encaminhado à DPE. Todos serão ouvidos pelo. Um vasto material apreendido, como computadores e documentos, também será analisado.

Assista à reportagem da TV Brasília

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