Vinte homens foram presos nesta quinta-feira (23/1) por invasão de área pública, próximo às quadras 202, 203 e 318 do Itapoã. A operação foi realizada pela Secretaria da Ordem Pública e Social (Seops) e a Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema).
Metade dos detidos possui passagem por outros crimes e um deles está com mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas. Eles têm entre 20 e 40 anos.
Cerca de 200 edificações foram erguidas no local, mas a maioria está desocupada. A ação ocorreu após os órgãos receberem denúncias anônimas desde o início do ano, quando começou o processo de investigação.
A área invadida tem dois hectares e pertence à Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap). De acordo com a Terracap, o local será destinado à instalação de antenas de radiodifusão e celulares, que atenderiam tanto o Itapoã, quanto a região do Paranoá.
;Após as prisões, acreditamos que não haverá expansão das obras ilegais. A retirada das construções existentes acontecerá até a próxima semana;, afirma o secretário da Ordem Pública e Social, José Grijalma Farias.
;Pela invasão de área pública, eles poderão ficar presos por até três anos, além de terem que pagar multa, em caso de condenação, conforme com a Lei Agrária;, explica o delegado da Dema, Richard Valeriano.
As prisões ocorrem duas semanas depois de o secretário da Seops, José Grijalma Farias, endurecer o discurso contra invasões de área pública. Na apresentação do balanço de operação para a retirada de invasão no condomínio Renascer, em Samambaia, no dia 14 deste mês, Farias havia declarado que o governo iria ordenar a prisão dos que insistissem em ocupar áreas da Terracap.
Com as prisões desta quinta-feira, sobe para 27 o número de detidos por invasão de área pública no DF. As outras sete ocorreram durante a retirada de ocupação irregular do condomínio Renascer, em Samambaia, há uma semana. Em 2013, 72 pessoas foram detidas pelo crime no DF e outras 38 acabaram presas e autuadas por grilagem de terras.