Dezenas de catadores bloquearam a entrada de caminhões do Lixão da Estrutural e fazem protesto desde o começo da manhã desta segunda-feira (27/1). A manifestação decorre da liberação de um edital do Governo do Distrito Federal (GDF) para contratação de 1 mil catadores - o número previsto, contudo, é inferior ao volume atual de trabalhadores da categoria, estimado em 4 mil.
Segundo o presidente da cooperativa Copernos, Alex Pereira, outro ponto que resultou no protesto foi "a falta de comunicação" entre o catadores e a Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest) do GDF. Alex, que diz que não está a frente do movimento, afirmou que a abertura do acesso ao lixão será feita somente após o debate entre representantes da categoria e da Sedest.
Em nota, a Sedest confirmou que, por meio de uma seleção, 1 mil famílias de catadores serão beneficiadas com uma bolsa de R$ 300 mensais pelo prazo de um ano. "O número de catadores é baixo. Tem gente com mais de 20 anos de trabalho no lixão que vai ficar de fora da lista do GDF".
Alex acredita que a ação é o primeiro passo do governo para o fechamento do lixão - o prazo para desativação do espaço expira em agosto deste ano, conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNS). Ele alega que caso o número de beneficiários não aumente, muitos ficarão sem renda. A Sedest admite a possibilidade de aumentar o número de famílias contempladas e esclarece que apenas uma pessoa de cada família será beneficiada.
A pasta informou que para receber o benefício, o catador deve estar inscrito, com dados atualizados, no Cadastro Único para Programas Sociais e ir até o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) para participar do Programa.
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