postado em 28/01/2014 12:07
[VIDEO1]Um vídeo publicado na semana passada na internet mostrou uma situação inusitada no Restaurante Comunitário de Ceilândia. As imagens registraram funcionários trabalhando com guarda-chuvas na cozinha do local. Muita água caía do telhado, escorria pelas paredes e se acumulava no chão. Um funcionário atravessava o ambiente se protegendo com uma panela na cabeça. A postagem é do dia 20 deste mês. No geral, os frequentadores entrevistados pelo Correio não reclamaram da qualidade das refeições, mas apontaram outros problemas no local.
A cena foi extrema, mas a água parece ser presença frequente no Restaurante Comunitário de Ceilândia. No caso do vídeo, a Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest) , responsável pela administração das 13 unidades que oferecem refeições à população carente por R$ 1 cada, explicou que um cano se rompeu. A pasta enviou uma equipe de manutenção ao local no mesmo dia e realizou os reparos necessários, de acordo com informações da assessoria de imprensa. O restaurante de Ceilândia oferece, em média, 3 mil refeições diárias.
No entanto, as goteiras parecem não ser exceção. O rodoviário André Luís Lopes, 37 anos, por exemplo, senta-se sempre na mesma área, na região central do comunitário. ;Há dois pontos em que sempre tem goteira. Então, eu almoço no meio. No meio do restaurante e entre as goteiras;, ironiza. Ele vai ao local às segundas, terças e quintas, quando está na cidade. ;É visível que há infiltração. Ali na fachada já começa;, diz. Em relação à comida André não tem reclamações. Mas evita usar o banheiro das dependências por considerar pouco higiênico. ;Era bom que cuidassem mais dos banheiros. É algo que precisa ser mais limpo;, afirma.
Auxiliar de dentista, Ana Cláudia dos Santos, 32 anos, também confirma a presença das infiltrações. ;Ali na porta tem um balde onde cai a goteira todos os dias. Hoje, eles tiraram, mas me preocupa porque cai bem em cima da fiação;, observa. Outra queixa é em relação ao atendimento e à organização. ;A fila é imensa. Somos todos trabalhadores. Eu, por exemplo, tenho 1h30 de almoço. Perco bastante disso na espera;, reclama Ana Cláudia.
Assista à reportagem da TV Brasília
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