Cidades

Polícia Civil investiga fraude de R$ 19 milhões na Secretaria de Educação

Operação Gota D'água cumpre seis mandados de prisão contra suspeitos de participar do crime

postado em 29/01/2014 06:14
Mulher é conduzida à delegacia durante a Operação Gota D'água

Um convênio entre uma associação e a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SES) é alvo de uma investigação da Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado (Deco), da Polícia Civil (PCDF). A Operação Gota D;água, deflagrada na manhã desta quarta-feira (29/1) cumpriu seis mandados de prisão temporária e seis de busca e apreensão contra envolvidos em um esquema criminoso que deixou um rombo de R$ 19.763.420,48 milhões nos cofres públicos.

Segundo a Deco, a investigação apura a existência da fraude entre 2004 e 2011, que envolve dirigentes da creche Gotinha de Luz, em Santa Maria. Um dos contratos mostra que a creche emitiu notas falsas. De acordo com os investigadores, os suspeitos utilizaram documento falso de um pequeno mercado no Gama. O estabelecimento emitiu nota de 10 mil quilos de carne para abastecer 800 crianças. "São fraudes grosseiras, que poderiam ter sido identificadas numa fiscalização. Era uma creche muito modesta pelos valores que recebiam", disse o delegado Fábio Sousa, chefe da Deco.

Foram presos a co-fundadora da empresa, Eunice Alves da Silva Costa, 68 anos; a presidente da creche, Marieta Cortes Ferreira, 73; Miraci Oliveira Marques, 61; Paulo Henrique Braga Barbosa, 43; Roberto Airton Rodrigues Braga; e Tatiana Cortes Ferreira, 34. Os mandados foram cumpridos no Guará, em Santa Maria, na Asa Sul e em Águas Claras. As prisões foram autorizadas pela 1; Vara Criminal de Santa Maria.



Só na Secretaria de Educação foram identificados R$ 8 milhões em notas falsas. Há indícios de repasses feitos também pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest). A investigação aponta que 80% dos estabelecimentos fornecedores da creches são inexistentes. Segundo a Deco será apurado também se servidores públicos se beneficiaram com os repasses.

A associação era sem fins lucrativos, mas os gestores recebiam o dinheiro e transferiam para contas pessoais.

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