Renato Alves
postado em 30/01/2014 07:56
A Operação Tartaruga, conduzida por policiais militares, tornou-se o principal problema para a segurança pública do Distrito Federal. Pulverizado, o ato não tem uma liderança política com autoridade e legitimidade para dialogar com o Executivo e negociar as reivindicações da categoria. O movimento que prega o atraso no atendimento das ocorrências é inflado por associações comandadas principalmente por policiais com pretensões eleitorais. Sem um interlocutor com representatividade, a iniciativa tem servido apenas para alimentar a violência.
Enquanto parte da corporação cruza os braços para pressionar por melhorias salariais e desgastar a imagem do governo, a criminalidade avança na capital do país. Levantamento da Secretaria de Segurança Pública indica que, apenas nos primeiros 29 dias do ano, houve 63 homicídios, com um aumento de 28% em relação a janeiro de 2013. Muitos policiais militares têm evitado os chamados da população. Como mostrou o Correio em reportagens publicadas na semana, alguns PMs trocam mensagens em que revelam a omissão no atendimento.
Além da lentidão no combate ao crime, os policiais que alimentam a operação Tartaruga utilizam as redes sociais para disseminar um discurso radical e politizado. Disparam comentário agressivos, tripudiam da angústia da população e vibram com os crimes cometidos no Distrito Federal. Na terça-feira, o Correio publicou uma outra frente dos militares radicais: a distribuição de outdoors com as reivindicações e ameaças às autoridades de segurança.
Ameaça econômica
Iniciada há dois meses, a Operação Tartaruga começa a refletir na economia do DF. Em função de assaltos recentes às lojas de franqueados brasilienses, uma rede internacional de fast-food estuda suspender o serviço 24 horas de todas as unidades instaladas na capital do país. Se adotada a medida, inédita no país, os estabelecimentos do grupo fecharão as portas entre as 22h e as 8h.
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