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Jovens usam música para combater bullying e homofobia em flash mob

O 1° Flash Mob Contra o Bullying e a Homofobia, ocorreu no Museu Nacional da República

postado em 01/02/2014 18:32
O 1° Flash Mob Contra o Bullying e a Homofobia, ocorreu no Museu Nacional da RepúblicaBrasília - Aos 16 anos, o estudante Lucas Yukin foi expulso de casa pelos pais adotivos após assumir a homossexualidade. Depois disso, passou dias dormindo no cemitério. A experiência gerou traumas que ficaram ainda mais intensos com os casos de bullying sofridos nas ruas, também devido a sua opção sexual. O jovem chegou a ser alvo de ameaças com armas de fogo.

A situação só começou a melhorar quando ele viu que o número de vítimas do mesmo tipo de preconceito era maior do que imaginava, e percebeu que poderiam agregar forças contra o preconceito. Descobriu também outro fator que tinha em comum com as outras vítimas: a música.

[SAIBAMAIS];Só encontrei o conforto que não tinha com a minha família, no fã-clube de uma artista que sempre defendeu a bandeira homossexual;, disse ele, hoje com 18 anos, referindo-se ao Haus of Little Monsters Brazil, fã-clube da cantora norte-americana Lady Gaga. Representante do fã-clube, Clarice Gulyas explica que o grupo é integrado principalmente por homossexuais, que, por compartilharem histórias como a de Lucas, passaram a organizar, também, ações sociais de combate ao bullying e à homofobia.

Uma dessas ações, o 1; Flash Mob Contra o Bullying e a Homofobia, ocorreu hoje (1;) no Museu Nacional da República, em Brasília, envolvendo cerca de uma centena de jovens. Entre eles, Yuri Turate, de 20 anos. ;Por causa das agressões que sofri e, em especial, a uma que foi direcionada a mim, mas que acabou ferindo a amiga grávida que estava ao meu lado, tenho de tomar antidepressivos até hoje;, disse o estudante que, na época, tinha 14 anos.

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O 1° Flash Mob Contra o Bullying e a Homofobia, ocorreu no Museu Nacional da República;Eu era magro e, de certa forma, afeminado. Isso incomodava muito outros estudantes. Como a escola não tinha nenhum tipo de preparo para lidar com a situação, acabei reprovando. Era um ambiente muito pesado e desinteressante. Difícil mesmo;, disse ele à Agência Brasil. ;Além disso, eu tinha um pai homofóbico. Mas felizmente conseguimos contornar esse preconceito e hoje tenho, em minha casa, um ambiente de respeito e paz;, acrescentou.
Brasília - Manifestação contra bullying e homofobia em frente ao Museu Nacional da República (José Cruz/Agência Brasil)

Yuri é um dos fundadores do Haus of Little Monsters Brazil. Nas ações sociais promovidas pelo fã-clube, busca ajudar a sociedade ; e em especial os pais de homossexuais ; a lidar com situações similares à vivida por ele e por Lucas.

;As conversas [sobre homossexualidade] têm de ser abertas e respeitosas. Os pais precisam entender também o tempo em que vivem os filhos. E se tiverem dificuldades para aceitar uma realidade diferente da que eles esperavam, é importante buscar apoio com psicólogos ou se informarem, porque nem tudo é o que parece ser. A coisa é muito mais simples do que parece;, argumenta Yuri.

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