postado em 07/02/2014 06:02
Marcado para ser comissão geral e transformado em sessão especial por falta de aprovação em plenário, o debate sobre segurança pública, ontem à tarde, na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) tornou-se bate-boca, com tumulto e praticamente nenhuma proposta concreta de solução para o problema que tem tirado o sono dos brasilienses. Deputados distritais (Dr Michel, do PP, Chico Vigilante, do PT, Patrício, do PT, e Wellington Luiz, do PSDB), um parlamentar federal, Luiz Pittman (PMDB), e o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, trocaram farpas em momentos diferentes e a situação fugiu do controle várias vezes. Assim como já tinha ocorrido na sessão na Câmara dos Deputados, o debate eleitoral acabou ofuscando a questão principal.
A sessão transcorria com representantes de entidades e da sociedade civil, que colocavam suas opiniões a respeito da questão. Entre os presentes, estava Ana Cleide Almeida, 55 anos, mãe do jovem Leonardo Almeida, 29, morto durante uma tentativa de assalto em Águas Claras, na semana passada. ;Estamos vivendo um filme de terror. Quem o está assistindo, dorme. Quem o está vivendo, não acorda do pesadelo;, disse, sobre o sentimento da família no momento.
Convidado pela deputada distrital Celina Leão (PDT), que presidiu a mesa, Pittman foi responsável por dar a primeira cutucada política no debate. Ele listou 13 pontos que seriam responsáveis pela situação ruim vivida atualmente pelo DF. No entanto, acabou falando de assuntos fora da segurança. Entre as perguntas que ele disse estarem sem respostas, estavam os escândalos envolvendo as administrações regionais de Águas Claras, onde foram gastos milhares de reais para produção gibis em 2012; Itapoã, que contratou o cantor Amado Batista por R$ 450 mil no ano passado; e Santa Maria, onde também houve problema com gastos de emendas em 2012.
Constrangimento
Na plenário, a poucos metros do deputado federal, estavam os distritais Olair Francisco (PTdoB), Aylton Gomes e Rôney Nemer, responsáveis respectivos pela indicação das administrações na época das questões listadas. O constrangimento pesou no ar. Além disso, o parlamentar tucano fez outras críticas ao GDF, do qual ele foi Secretário de Obras antes de ir para a oposição. Chico Vigilante tomou as dores dos colegas e do governo e pediu para Pittman explicar fatos obscuros do passado, quando ele era componente de primeiro escalão do governo do Acre, durante a morte do ex-governador Edmundo Pinto. Os dois começaram a bater boca e o clima esquentou. ;O senhor não vai fazer daqui um poleiro;, disse Chico.
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