A Polícia Civil abriu duas linhas de investigação para apurar as causas do acidente que matou o bombeiro hidráulico Luciano Almeida da Silva, 36 anos, na manhã da última quinta-feira. Funcionário terceirizado da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), ele estava dentro da caixa de concreto de uma adutora com cinco colegas quando o encanamento rompeu, na Estrada Parque Taguatinga (EPTG). Luciano se afogou e quatro ficaram feridos. O enterro dele ocorreu ontem à tarde no cemitério de Planaltina (leia reportagem na página 23).
O delegado-chefe da 4; Delegacia de Polícia (Guará), Rodrigo Larizzatti, disse que trabalha com as hipóteses de falha humana e de fatalidade. O investigador considerou o acidente ;muito grave; por envolver uma empresa pública. Para ele, causa ;estranheza; o fato de a companhia ligar o registro e liberar a água quando os operários ainda trabalhavam no vão de concreto.
Larizzatti acrescentou que aguarda um laudo pericial do Instituto de Criminalística (IC) sobre a dinâmica do acidente. Ele ouvirá ainda as vítimas quando tiver certeza de que estão em condições de prestar depoimento. A intenção é comparar a análise do IC com as informações dos operários, principalmente para saber quando e quem emitiu a ordem de serviço para o reparo e quem liberou a água na adutora. ;Antes de mais nada, é fundamental que tenhamos a resposta do laudo pericial para saber o que causou a ruptura, se foi o desgaste de material ou falta de manutenção. Naturalmente, saberemos se alguém estava responsável pela liberação da vazão de água;, explicou.
;Operação de guerra;
Além disso, o cano da adutora estava desalinhado quando os funcionários concluíam os serviços na última quinta-feira. Essa foi a principal causa dos dois vazamentos registrados no local, segundo o diretor de Operação e Manutenção da Caesb, Acylino Santos. Para evitar outra tragédia, os operários que fazem o reparo da estrutura alinharam o cano e o escoraram antes de religar o sistema.
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