postado em 09/02/2014 08:21
Hobby para alguns, investimento para outros. Reunir centenas, milhares de moedas e cédulas antigas, canetas e cartões-postais move a vida de colecionadores que fazem dessa atividade um passatempo ou uma profissão. Há casos em que as peças viram objeto de estudo para que pesquisadores e historiadores façam uma retrospectiva do passado com base, por exemplo, na numismática e na filatelia.
Também existem aqueles que, mesmo inconscientemente, mantêm o ritual ao comprar ímãs de geladeira ou até mesmo ter vários pares de sapatos no armário. No Distrito Federal, colecionistas como o aposentado Hamilton Leite Cruz, 67 anos; o casal Lucicleide Maria Mello, 36, e Esmeraldo Mello, 37; e o servidor público Evaldo Pereira de Rezende, 22, conservam esse hábito.
Vice-presidente da Associação Filatélica e Numismática de Brasília (AFNB), o cearense Hamilton merece destaque pelo tamanho da coleção reunida em casa, uma espécie de museu particular. O mais interessante é o conjunto de dedais que está na parede da sala do aposentado. São 2,2 mil unidades feitas de madeira, vidro, pedra-sabão, capim-dourado, prata, ouro. As peças vieram de várias partes do mundo. Aficionado pelos utensílios de origem turca, ele confessa ter ciúmes dos objetos. ;Só eu que mexo na minha coleção. Sou ciumento mesmo. Passo quase todo o dia olhando para eles;, contou Hamilton.
O recorde de dedais comprados em uma única vez aconteceu durante um tour pela Europa. Na bagagem, o nordestino trouxe cerca de 300. ;É fácil trazer e uma maneira de recordar o que vivi. Garimpo eles em todas as minhas viagens;, explicou. ;Conheço as culturas de vários lugares por meio das minhas coleções. Cada dedal tem uma história;, destacou. O item mais caro custou cerca de R$ 500. Eles entraram na vida de Hamilton há 5 anos, quando ele encontrou revistas que davam de brinde a peça de costura. ;Eu comecei a comprar, mas não sei exatamente por que eu fiquei fascinado. Talvez porque algum dos meus antepassados tenha sido costureiro;, brincou.
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