postado em 10/02/2014 18:55
Os comandos da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e do Corpo de Bombeiros se reuniram com o governador Agnelo Queiroz nesta segunda-feira (10/2) para discutir reivindicações das tropas e a crse na segurança pública do Distrito Federal. De acordo com o comandante-geral da PM, coronel Anderson Moura, o principal assunto foi o reajuste salarial, mas o militar não divulgou possíveis acordos entre os envolvidos na reunião. Ainda após o encontro, Moura negou que deixará o cargo em meio à onda de violência no DF.
[SAIBAMAIS]De acordo com o coronel, o patrulhamento nas regiões administrativas - prejudicado pela operação tartaruga durante janeiro - foi normalizado e, desde a semana passada, a atuação dos policiais militares nas ruas é acompanhada para garantir o aumento da produtividade. Na semana passada, o coronel já havia garantido que os militares trabalharão todos os dias até que a corporação restaure a ordem nas ruas do DF.
Na reunião, o Anderson Moura comentou a decisão de alguns militares se recusarem a dirigir viaturas sob a alegação de não estarem capacitados. "Nunca precisou (da portaria). Isso nos veio como surpresa e essa não é uma realidade somente da Policia Militar do Distrito Federal, mas de todas as policias do País", disse. A atitude, que pode configurar motim de acordo com o coronel, teve início na noite da última sexta-feira (7/2). No dia seguinte, o comandante já havia afirmado que mandara abrir investigação sobre a recusa dos subordinados dos batalhões do Guará e de Santa Maria. Ele prometeu punir os líderes do movimento.
Batizada de operação legalidade, a medida adotada pelos praças é mais uma maneira de driblar decisão do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios, que considerou ilegal a operação tartaruga, iniciada em outubro do ano passado. Em caso de descumprimento, quatro associações de policiais militares estão sujeitas a multa diária de R$ 100 mil.