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Em meio a surto de dengue pacientes denunciam atraso no atendimento

Após denúncias, a Polícia Militar foi ao hospital e verificou que haviam muitos pacientes esperando para da fila, mas que pelo menos dois médicos estavam atendendo

postado em 11/02/2014 12:41
Na manhã desta terça-feira (11/2), pacientes do Hospital Regional de Luziânia (HRL) acionaram a Polícia Militar de Goiás (PMGO) alegando recusa dos médicos de plantão no atendimento. Segundo a paciente Gilciane Freitas, que chegou às 5h, um suposto surto de dengue se alastra pela cidade e os profissionais estariam negando ajuda às pessoas. ;Algumas chegaram aqui às 4h e ainda não foram recebidos;, reclama.

Após a reclamação dos pacientes, duas viaturas da PM foram ao local e os policiais constataram que os dois médicos que estavam escalados atendiam normalmente. O grande número de pacientes à espera de acolhimento causou a demora das consultas.

De acordo com a Secretaria de Saúde de Luziânia, o problema se estende para hospitais particulares da cidade, onde em certos casos o tempo de espera pelo atendimento supera o do HRL.

[SAIBAMAIS]Dengue preocupa população
A Secretaria de Saúde de Luziânia informou que o número de casos de dengue aumentou consideravelmente entre a primeira e a sexta semana de 2014 na cidade do Entorno do DF. No começo do ano, 21 casos foram notificados e oito confirmados. Já na sexta, 754 casos foram notificados, sendo 414 confirmados. Um aumento de 51 vezes ou 5.175%.



Para tentar conter o número alarmante no município, dois caminhões estão realizando a limpeza pelas ruas e em terrenos baldios. No total, 120 agentes de endemia estão trabalhando em equipe, juntamente com a secretaria, para poder diminuir os casos.

Reclamação frequente
O problema com a falta de médicos em Luziânia é frequente. Dois médicos do HRL foram levados para depor na delegacia da região por uma denúncia de omissão de socorro em 12 de dezembro de 2013, há dois meses. Dois pacientes com cortes na cabeça e no braço alegaram que precisavam de atendimento de urgência, mas não tiveram prioridade. Eles foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Os médicos Milton Martins Soares, de 75 anos, e Cristóvão Rezende, de 44, foram liberados logo após prestarem depoimento. O delegado começou a ouvir outros envolvidos no caso ainda naquele mês. Se condenados por omissão de socorro, os profissionais podem pegar até um ano de cadeia.

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