Jornal Correio Braziliense

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Marcha com mais de 20 mil sem-terra leva caos à Praça dos Três Poderes

Sessão do Supremo foi suspensa, houve correria e a polícia conteve tumulto com balas de borracha e bombas de efeito moral


Protesto com mais de 20 mil integrantes do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) complicou o trânsito na Região Central de Brasília, levou caos à Praça dos Três Poderes, na tarde desta quarta-feira (12/2) e terminou com saldo de 33 feridos - incluindo 30 policiais militares; oito chegaram a ser levados para o hospital, mas foram liberados no fim da noite. A por 50 minutos, depois que os manifestantes ameaçaram invadir o prédio, por falta de segurança. Houve correria atrás do Congresso Nacional, a polícia disparou bombas de efeito moral e balas de borracha.

No final da tarde, recebeu uma carta-manifesto do principal dirigente do MST, João Pedro Stédile, com reivindicações. Carvalho reconheceu que 2013 foi ano lento para a reforma agrária e informou que a presidente Dilma Roussef recebe representantes do movimento nesta quinta-feira (13/2), pela manhã, no Palácio do Planalto.

Durante a confusão na praça, três militantes ficaram feridos. Um foi atingido com uma bala de borracha na testa, outro por um golpe de cacetete, também na testa, e o terceiro com pedaços de madeira que foram jogados pelos próprios integrantes do movimento; um manifestante foi preso. Oito policiais também ficaram feridos gravemente - eles foram encaminhados ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) e seguirão para exames no Instituto Médico Legal (IML).

Depois de descer o Eixo Monumental e gritar palavras de ordem no Setor de Embaixadas, o grupo também protagonizou confusão diante do Palácio do Planalto. Os manifestantes derrubaram grade de proteção na Praça dos Três Poderes, em frente à sede do Executivo. A grade, faixas e pedaços de madeira foram jogadas contra os policiais militares, que reagiram com spray de pimenta.

"Falta de segurança" no Supremo
A sessão plenária do Supremo Tribunal Federal desta quarta-feira (12/2) foi suspensa após manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais (MST) ameaçarem invadir o edifício sede do STF. Dentre as pessoas que carregam também bandeiras vermelhas da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Partido dos Trabalhadores (PT), alguns chegaram a derrubar parte das grades de contenção instaladas pelo Supremo.

Seguranças da corte e policias militares conseguiram conter os manifestantes. Seguranças do Supremo fizeram um cordão humano protegendo a entrada da sede do Judiciário.

Por volta das 16h10, quando informado por seguranças sobre o risco de invasão, o ministro Ricardo Lewandowski imediatamente suspendeu a sessão, e fez questão de avisar que o Tribunal corria o risco de ser invadido e tomou a medida por questões de segurança.

No meio da tarde, diante da Embaixada dos Estados Unidos, os policiais militares fizeram um bloqueio - na tentativa de proteger o local -, o que gerou empurra-empurra. Na confusão um policial chegou a sacar uma arma não-letal de choque, mas não disparou.

Movimento reunido
O protesto faz parte do Congresso Nacional do movimento sem terra, realizado esta semana na capital. Além de representantes dos 23 estados, há um grupo de 250 pessoas ligadas a movimentos sociais de outros países.

No caminho de volta à Esplanada dos Ministérios pelas vias L2 e L4, eles prometem passar pelo Congresso Nacional e pelo Palácio do Planalto, para entregar uma carta-manifesto à presidente Dilma Rousseff .



Caos no trânsito
O trânsito ficou complicado em frente ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) no Setor de Indústrias Gráficas (SIG) até a Torre de TV, onde foi desviado para o Eixão. A Polícia Militar bloqueou o acesso à Esplanada dos Ministérios e pede que os motoristas evitem a área central da cidade durante toda a tarde.

O Bptran recomenda que os motoristas desviem pela via que dá acesso ao Colégio Militar de Brasília e contornem o ginásio até o Tribunal de Contas ou sigam pelo Parque da Cidade - que também já está congestionado.

Mais cedo, , na Esplanada dos Ministérios para protestar contra o fechamento das escolas do campo e a precarização do trabalho dos professores da área rural.

Assista à reportagem da TV Brasília
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