postado em 15/02/2014 09:59
Atrasar o relógio em uma hora, à 0h de sábado para domingo, pode significar alívio para muitos. É quando chega ao fim o horário de verão nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Foram 119 dias de vigência, período em que se reduziu a demanda por energia em 4,1%, em todo o país. No Distrito Federal, a diminuição ficou praticamente idêntica ao índice nacional: 4% (leia quadro).
O balanço mostra que os brasilienses deixaram de exigir 45 megawatts do Sistema Interligado Nacional (SIN) durante esses quatro meses. É como se todo o Guará ficasse às escuras, das 18h às 21h, no referido período. Em todo o Brasil, deixaram de ser gastos 2.565 megawatts, ou seja, o consumo referente a duas vezes a demanda de Brasília.
O objetivo do horário de verão é economizar energia. Assim, amplia-se a capacidade de armazenamento em meses que, notadamente, o consumo elétrico é mais intenso. Com 1 hora a mais de sol, a população deixa de acender lâmpadas e ligar eletrodomésticos nas horas de pico, e o SIN não fica mais sobrecarregado.
Apesar disso, os resultados da medida podem parecer pouco perceptíveis ao consumidor comum, como é o caso da auxiliar de escritório Camila Barreto, 27 anos. Para ela, tanto faz atrasar ou não os ponteiros. ;Eu não vejo diferença nem na vida das pessoas nem na economia de energia. Dá no mesmo;, acredita.
Mas a contenção de consumo evita os apagões e o encarecimento das tarifas, de acordo com o superintendente de Operação do Sistema Elétrico da CEB Distribuição, Marcus Fontana. ;É uma questão nacional, pois o sistema elétrico é todo interligado. A energia que consumimos aqui pode vir de São Paulo ou de Itaipu. Assim, se aumenta o consumo, é preciso que cresça também a geração e a transmissão, o que encarece toda a infraestrutura envolvida e se reflete em valores mais altos na conta.;
Outro ponto representativo é a dimensão dos 4% de redução da demanda tanto para o percentual local quanto o nacional. ;Essa diminuição somente para Brasília é um número bem significativo, pois levamos em conta o consumo total, e, aqui, a população é bem menor do que em outros estados. É um bom resultado;, avalia Fontana.
Balanço
Redução da no DF no Brasil
demanda
Em 2013/2014 4% 4,1%
Em 2012/2013 4,5% 4,7%
Redução do no DF no Brasil
consumo
Em 2013/2014 0,4% 0,5%
Em 2012/2013 0,5% 0,4%
Fonte: Operador Nacional do Sistema (ONS)