Cidades

Polícia prende quadrilha de grileiros de terras públicas em Samambaia

Seis pessoas suspeitas de parcelamento irregular em terras da Terracap foram detidas

postado em 18/02/2014 09:54

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Seis pessoas foram presas suspeitas de praticar crimes de invasão de área pública e parcelamento irregular do solo para fins urbanos em uma extensa área pertencente à Terracap nesta terça-feira (18/2), em Samambaia.

[SAIBAMAIS]Na ação, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão temporária contra organização criminosa voltada para a prática desses crimes, nas proximidades das Quadras 603/605 - o local é conhecido como "Condomínio Renascer".

A operação foi deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal, por intermédio da Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente e à Ordem Urbanística (DEMA), que recebeu a denúncia da Secretaria de Agricultura. A investigação já durava 40 dias.

Polícia Civil registra lotes que seria vendidos pelos grileiros
A polícia também apreendeu com a quadrilha documentos falsos, que comprovavam posse e mapas com mais de mil lotes demarcados no local. Estima-se que cada lote teria, em média, 250 m; com valor médio de R$ 45 mil a R$ 79 mil. Caso, a quadrilha conseguisse vender todos os lotes, o lucro de seria de R$ 45 milhões. Segundo o delegado, os suspeitos faziam um cadastro falso e vendiam os lotes como se fossem deles.

Em alguns trechos, são vistas obras em andamento

Se condenados, os suspeitos podem pegar pena de um a cinco anos de reclusão por parcelamento irregular do solo, seis meses a cinco anos de detenção por invasão de área publica e quatro a oito anos de reclusão por formação de quadrilha.




Velho problema
O crime de invasão da área pública é recorrente no condomínio. Em 14 de janeiro deste ano, uma operação desocupou um terreno ilegal na mesma área. O loteamento ocupava quatro, dos 35 hectares que pertencem à Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap).

De acordo com a Secretaria da Ordem Pública e Social (Seops), há pelo menos 900 lotes irregulares na região. Segundo a pasta, além dos problemas sociais provocados pela ocupação irregular, existe preocupação com o dano ambiental, já que foram identificadas duas nascentes de água e um córrego no local.

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