Agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal se reuniram, na tarde desta quarta-feira (19/2), para participar de uma assembleia legislativa na Câmara dos Deputados. Eles pretendem conseguir apoio e levar assinaturas para o Governo Federal.
A paralisação, que ocorre em âmbito nacional, tem como objetivo pressionar o governo a uma recomposição inflacionária. Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Federais no DF (Sindipol) Flávio Werneck, os salários dos EPAs estão congelados há sete anos.
Os agentes federais exigem também que seja feita uma atribuição em lei dos policiais federais. Segundo o Sindipol, não há atribuições da polícia desde a Constituição de 1988.
"Sem atribuição da polícia federal em lei, tanto a polícia quanto o cidadão é prejudicado. Agentes responsáveis por passaportes, imigração e polícia de fronteira, por exemplo, não possuem regulamentação judiciária. Sem isso, não fica claro qual é o limite legal de cada agente", disse Werneck.
Outro pedido dos EPAs é a aprovação da PEC 51, que propõe a reformulação da segurança pública. "Precisamos de uma segurança pública ;padrão FIFA;", disse Werneck. "Nós, os agentes de polícia, costumamos brincar que não fomos convocados para a Copa do Mundo. Não podemos ser terceirizados, ter agentes sem treinamanto adequado colocados em serviço", continua.
O Sindipol já anunciou outra paralisação, marcada para os dias 25 e 26 de fevereiro.