O óleo que atingiu o Lago Paranoá no começo deste ano tem como procedência o Palácio do Planalto. A confirmação foi feita por laudo técnico elaborado pela Universidade de Brasília (UnB), ao qual o Correio teve acesso. O produto, responsável pela mancha que atingiu cerca de 180 metros do espelho d;água, saiu de uma caldeira usada no restaurante do Anexo IV da sede do governo federal. Com a confirmação, foi aplicada uma multa de R$ 50.331, conforme a lei.
O vazamento ocorreu em três manilhas da rede de galerias pluviais, no Setor de Clubes Norte, em 17 de janeiro. O prejuízo ambiental só não foi maior porque a contenção do material ocorreu em apenas dois dias. A Secretaria de Meio Ambiente afirmou, após uma semana, que a origem da substância era da Presidência da República. O Planalto, por outro lado, classificou a atitude como ;precipitada; e decidiu aguardar os resultados laboratoriais. O laudo assinado pelo químico David Mark Mendes e pelo professor Paulo Anselmo Suarez, do Laboratório de Materiais e Combustíveis do Instituto de Química da Universidade de Brasília, afirma que o material retirado do lago e o que foi coletado do anexo do Palácio é o mesmo.
[SAIBAMAIS]O secretário de Meio Ambiente, Eduardo Brandão, diz que o laudo confirma a suspeita inicial. ;Os nossos mecanismos de análise já tinham identificado o vazamento de lá (caldeira do Palácio);, explicou. Após a conclusão do laudo, um multa de R$ 50.331 foi entregue à administração do Palácio do Planalto. ;O valor foi esse devido ao vazamento ter sido menor, mas nenhum multa paga os prejuízos ambientais que tivemos no lago;, ressaltou o secretário. Brandão disse que as caldeiras são uma grande preocupação da pasta. ;Estamos fazendo o levantamento de todas as instalações particulares e públicas para orientar e verificar a manutenção;, disse.
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