Cidades

Polícia prende homem suspeito de aplicar golpes em companhia aérea

Com documentos falsos e se passando por funcionário do Ministério da Aeronáutica, ele emitia passagens aéreas

postado em 20/02/2014 07:27

A polícia prendeu um homem suspeito de emitir mais de 200 bilhetes em golpes contra uma companhia aérea. Segundo os investigadores, Luiz Cláudio de Amorim Bispo, 41 anos, se passava por funcionário da Comissão de Desastres Aéreos, do Ministério da Aeronáutica, e retirava bilhetes aéreos da empresa. Ele foi preso no Guará, nesta quinta-feira (20/2).



A ação só era possível porque o suspeito falsificava documentos da comissão para emitir as passagens, segundo a Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, à Ordem Tributária e a Fraudes (Corf), responsável pela operação. Na casa dele, além de computadores, documentos e carimbos utilizados para falsificar os documento, os agentes apreenderam munições. Também vai responder por esse crime.

Segundo o delegado-chefe da Corf, Jefferson Lisboa, a polícia monitorava a ação do suspeito desde novembro do ano passado, quando foi procurada pela companhia aérea. Durante as investigações, os agentes descobriram que Luiz Cláudio já trabalhou no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e sabia o funcionamento para emissão de passagens. ;O Ministério tem um acordo com a companhia aérea e ele, sabendo disso, falsificava documentos e emitia as passagens;, explica Lisboa.

As investigações da Corf indicam que Luiz Cláudio anunciava venda das passagens por um valor um pouco abaixo do vendido legalmente. Os trechos mais comercializados pelo suspeito eram para o Nordeste e para o Norte. Há informações de que ele emitiu seis bilhetes para uma mesma família. ;Ele ia pessoalmente até o aeroporto pegar essas passagens. Uma passagem que custava R$ 1,2 mil, ele vendia por cerca de R$ 900, por exemplo;, conta o delegado.

A princípio, as pessoas que compraram as passagens são consideradas vítimas, mas a polícia segue as investigações. Se for comprovado que os compradores sabiam que se tratava de uma fraude, eles também responderão na Justiça. A polícia ainda não recebeu o levantamento do lucro do suspeito. ;Mas, mesmo sem ter um trabalho, leva uma vida boa. Anda de carro importado e tem uma boa casa;, acrescenta o chefe da Corf. Luiz Cláudio vai responder pelo estelionato e também pelas munições que a polícia encontrou com ele.


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