Cidades

Mobilização de PMs e bombeiros insatisfeitos ganha cunho eleitoral

Protesto de policiais militares e bombeiros descontentes com o acordo que reajustou benefícios à categoria torna-se chamariz a parlamentares governistas e de oposição. Para o governo local, as recentes manifestações têm motivação eleitoral

Rodolfo Costa
postado em 21/02/2014 06:00

Cerca de 2 mil PMs e bombeiros marcharam ontem na Esplanada dos Ministérios antes de se concentrarem em frente ao Palácio do Planalto: faixas e palavras de ordem, apesar de acordo firmado com o GDF

A ganhou forte conotação política na quinta-feira (20/2). Uma mobilização de praças reuniu em um mesmo time deputados governistas e de oposição no auditório da Câmara Legislativa e em seguida nas ruas de Brasília. Em pauta, a rejeição do acordo firmado com o Executivo na semana passada, que levou a melhorias em benefícios e no rendimento do policiais. O protesto incluiu ainda uma marcha pelo Eixo Monumental. O GDF disse desconhecer o movimento, considerado de motivação eleitoral.

Apesar do acordo firmado na última terça-feira com o governo local, no qual ficaram definidos os reajustes nos auxílios moradia e alimentação, deputados se aproveitam da insatisfação dos militares para se promover em ano eleitoral. Patrício (PT), ex-cabo da PM (leia Perfil); Aylton Gomes (PR), sargento do Corpo de Bombeiros; e Olair Francisco (PTdoB) ; todos da base aliada ; se juntaram às oposicionistas Eliana Pedrosa (PPS), Liliane Roriz (PRTB) e Celina Leão (PDT).


Esse grupo, ao qual se incluiu o ex-militar e delegado aposentado Dr Michel (PP), participou da passeata na área central de Brasília. Ao lado de cerca de 2 mil militares, os distritais carregaram faixas e gritaram palavras de ordem. Mas a voz mais ouvida durante a maior parte da passeata foi a do cantor Zé Ramalho. Em um carro de som, foi reproduzida a versão dele para a canção de Geraldo Vandré Pra não dizer que não falei das flores. A música virou hino contra a ditadura militar. Em um dos trechos, canta-se: ;Somos todos soldados, armados ou não;.

Três das cinco faixas de uma das principais vias de Brasília foram reservadas para a passeata do grupo, que durou quase três horas, das 11h às 13h45. O trânsito ficou tumultuado na região central. Enquanto os colegas em trajes civis protestavam, policiais militares de serviço apenas vigiavam o trajeto. A marcha terminou em frente ao Palácio do Planalto.

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