Jornal Correio Braziliense

Cidades

Prisão de 12 PMs intimida os rebeldes, que diminuem o tom das críticas

Após as detenções de um oficial e 11 praças acusados de incentivarem a tropa a atrasar o atendimento das ocorrências, os principais representantes da categoria baixam o tom das críticas. Mais 20 militares são investigados pela corporação




As prisões de 12 policiais militares quatro meses depois do início da operação tartaruga tiveram reflexos na tropa. Enquanto as associações representativas de PMs e bombeiros, responsáveis por incentivar o atraso no atendimento das ocorrências durante o movimento, diminuíram o tom das críticas e dos ataques ao governo, os fóruns de discussão da categoria na internet silenciaram durante todo o dia. Justamente ontem, quando a Polícia Militar deteve um oficial e 11 praças ; os nomes e as patentes não foram confirmados pela corporação.

[SAIBAMAIS] O Correio apurou, no entanto, que, entre os presos, há um capitão vinculado ao Centro de Comunicação Social. Os demais envolvidos são soldados e sargentos dos batalhões ambiental e de São Sebastião. Todos estão na ativa. Segundo a investigação interna, eles são responsáveis, entre outras coisas, pela distribuição de e-mails e por publicações em redes sociais incentivando os colegas a retardarem o trabalho. O grupo também teria desobedecido a ordens superiores.

Segundo uma fonte no Comando da PM, os 12 mandados teriam sido cumpridos até a noite. Outros 20 policiais estariam identificados por atitudes semelhantes e podem ser presos a qualquer momento. Conforme a legislação militar, os homens presos provisoriamente cometeram quatro crimes, que podem levá-los à cadeia no fim do processo. Além disso, pelas condutas identificadas, também responderão administrativamente a procedimentos que podem ir de advertências a expulsão.

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Durante as prisões de ontem, coincidentemente, não foram encaminhados e-mails com críticas a oficiais e a figuras do governo e com conclamações para a manutenção dos movimentos reivindicatórios. As mensagens eletrônicas eram comuns nas caixas-postais de policiais militares e de jornalistas desde o fim do ano passado. A última delas foi enviada por volta das 20h de quinta-feira lembrando que a operação legalidade (ex-tartaruga) continuaria.

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