postado em 24/02/2014 06:05
Ao saber que esperava o primeiro filho, Teresa*, 62 anos, comemorou baixinho a vitória. Já havia perdido três bebês e tinha medo de que um novo aborto interrompesse o sonho de ser mãe. ;Contei só para o meu marido. Não tive coragem de comentar com as minhas colegas de trabalho nem com a minha mãe;, lembra. Aos 25 anos, ela estava feliz com a carreira ; trabalhava como professora em uma escola pública ; e com o casamento. Esperou a gestação completar 12 semanas para compartilhar a alegria com a família e os amigos. Henrique* chegou para completá-la.Leia mais notícias em Cidades
Dois anos depois, outra gravidez, desta vez de uma menina. ;A infância deles foi muito rica. Brincavam embaixo do bloco, adoravam a escola e eram muito unidos.; Na adolescência, notou mudanças no comportamento do filho. Antes muito carinhoso e apegado aos pais, começou a passar muito tempo na rua. ;Ele dizia que estava estudando com os colegas ou jogando bola. Estranhamos, mas achamos que era coisa normal da idade;, conta a professora aposentada Teresa, moradora da Asa Sul, cuja história o Correio mostra hoje, no segundo dia da série Vidas roubadas.
Com 17 anos, aluno de um conhecido colégio particular de Brasília, Henrique fazia sucesso com as garotas. Era um menino acima de qualquer suspeita até a madrugada em que Teresa foi acordada por um telefonema da 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul). ;Ele havia sido preso na casa de um traficante. Naquele momento, soube que a nossa vida nunca mais seria a mesma.; Como era menor de idade e estava comprando cocaína, não foi preso, mas teve de participar de palestras sobre o perigo do uso de drogas. Mas, enquanto ainda frequentava os encontros, largou os estudos e saiu de casa.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.