Por enquanto, os blocos de rua do carnaval candango contam apenas com o improviso e os acordos verbais para desfilarem, a partir de sábado, nas ruas do Distrito Federal. A cinco dias do início da folia, os grupos ainda aguardam liberação da verba da Secretaria de Cultura. A direção das agremiações se comprometeu com fornecedores, mas não sabe se conseguirá cumprir os contratos.
;O atraso é muito prejudicial para o nosso carnaval, porque poderíamos melhorar em muitos quesitos. Mas, em cima da hora, não é possível providenciar nada. O dinheiro deveria ser liberado com antecedência, como acontece com as escolas de samba;, reclama o presidente da Liga dos Blocos de Brasília, Jean de Sousa Costa. Os grupos reclamam da falta de tempo hábil para produzir e organizar as folias. ;Confeccionar 200 roupas, em dois dias, é impossível;, comenta Elizabete Cintra, a Betinha, presidente do Asé Dudú, fazendo referência à data na qual o dinheiro foi liberado no ano passado.
A verba é usada para confeccionar fantasias e acessórios, contratar equipe de som, músicos e até outros grupos que participam do carnaval, além de cobrir gastos com transporte e alimentação dos integrantes da folia. ;Só na produção do primeiro dia do nosso carnaval, estão envolvidas mais de 600 pessoas. Como vamos pagar transporte e lanche para todo mundo?;, questiona Betinha. O grupo Asé Dudú foi criado em 1987 para atender os anseios da comunidade afrodescendente da capital. No pré-carnaval do bloco, ocorrido no último fim de semana, a produção usou o figurino de 2013, pois não havia dinheiro para uma nova confecção.
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