Familiares e amigos do auxiliar de serviços gerais Antônio de Araújo, encontrado morto em Planaltina em novembro do ano passado, estão em frente ao Palácio do Buriti desde a manhã desta quinta-feira (27/2). Eles protestam porque estão há nove meses sem resposta sobre o caso. Antônio ficou desaparecido por cerca de sete meses após uma ação policial e o laudo do Instituto Médico Legal (MIL) apontou que ele foi espancado até a morte.
O caso ficou conhecido como "Amarildo do DF", em referência às semelhanças com a história do pedreiro desaparecido no Rio de Janeiro, após suspeita de tortura policial. No protesto desta quinta-feira, pelo menos dez pessoas organizam espécie de acampamento com carro de som, faixas e um caixão vazio para simbolizar um velório e chamar atenção das autoridades. Eles querem resposta sobre as investigações. O irmão da vítima Mauricio Pereira Araújo, 28 anos, informa que o protesto segue até que o grupo consiga falar com o governador em exercício.
[SAIBAMAIS]Em nota, a Secretaria de Segurança informou que o secretário de Segurança, Sandro Avelar, recebeu na semana passada no gabinete os familiares do sr. Antônio, o advogado dele, a senadora Ana Rita e demais membros da Comissão de Diretos Humanos da Câmara dos Deputados/Senado Federal.
A pasta informou que a Secretaria de Segurança e a Coordenação de Investigação de Crimes Conta a Vida (Corvida), da Polícia Civil, têm empenhado todos os esforços para a elucidação do crime e que o processo corre em segredo de justiça.
Relembre o caso
O auxiliar de serviços gerais Antônio de Araújo foi visto pela última vez em 27 de maio de 2013. Em dezembro de 2013 a Polícia Civil do DF confirmou que a ossada encontrada em novembro do mesmo ano era do auxiliar de serviços gerais.
Segundo o documento do IML, Antônio teve quatro costelas quebradas. Por meio da análise do tecido, o instituto identificou que a pele estava mumificada e que houve hemorragia. Lesões ósseas também foram encontradas.