postado em 08/03/2014 08:00
Em 1959, ainda durante a construção da capital, as mulheres eram 21.982 e representavam 34% da população, com idade média de 19 anos. Em pouco mais de cinco décadas, elas vivem hoje realidade totalmente distinta. São maioria na população, estudam mais do que os homens e chefiam um terço das famílias. No dia em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, as brasilienses, de nascimento ou de adoção, têm muito o que comemorar, apesar de haver muito a ser superado. ;Elas estão no topo e, cada vez mais, conseguem aliar diversas questões, pois têm projetos pessoais e não apenas familiares;, destaca Lia Scholze, professora de filosofia e pesquisadora da Universidade Católica.
Em 2014, a brasiliense quer ser uma boa profissional, mas também não pretende abrir mão da maternidade e do casamento. Gabriela Jardon, 38 anos, é um exemplo dessa realidade. Nascida no Rio de Janeiro, mudou-se para a capital aos 5 e aqui estabeleceu amizades, estudou e formou família. À frente da 1; Vara Criminal de Planaltina, a juíza se esforça para equilibrar a carreira, o cuidado com os três filhos ; de 6, 2 e 1 ano ;, o relacionamento com o marido e a rotina doméstica. ;A equação não fecha para a mulher. Incorporamos novos papéis, novas ambições, sem termos aberto mão de nada. Precisamos estar dispostas a jogar a toalha em algumas frentes;, observa.
Há oito anos no Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios, Gabriela é uma das 132 magistradas em atividade na Corte, o que representa 42% do total. ;O gênero traz posições diferentes que acarretam visões diferentes, sensibilidades diferentes. A Justiça com mais juízas é inegavelmente mais completa e isso é maravilhoso;, avalia. Apaixonada pela cidade, ela acredita que a brasiliense tem um longo caminho a percorrer. ;Olhando ao redor, testemunhamos ainda tanta diferença, tanta violência, tanta contenção da mulher, que a impressão é que ainda engatinhamos.;
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