O Dia Internacional da Mulher foi cheio de homenagens na capital federal. Em Ceilândia, um grupo de 32 grafiteiros, sendo dois do Rio de Janeiro e o restante do Distrito Federal, criou painéis que representavam 12 temas discutidos na conferência Pequim %2b20 em 1995. Entre eles, a questão da mulher e da saúde representado no painel que mostrava uma caveira. O objetivo era mostrar que os padrões estéticos ainda forçam as mulheres a seguir o ideal de magreza. Outros assuntos também foram debatidos por meio das obras como a educação, a capacitação, os diretos humanos e os direitos das meninas.
Para a gerente de programas da ONU Mulheres, Joana Chagas, a escolha pelos pontos discutidos na conferência de 1995 como tema do projeto tem a ver com o fato deles continuarem atuais nos dias de hoje. "As mudanças que tivemos desde 1995 foram lentas. A gente ainda olha e reconhece como atuais", explica. Mesmo assim, ela aponta algumas evoluções para as mulheres como a criação de delegacias e secretarias especiais, além da Lei Maria da Penha.
A ideia do projeto, que pretende virar uma exposição itinerante, é conscientizar a população sobre a questão da violência contra as mulheres e informar também sobre a Lei Maria da Penha e o 180, o número da central de denúncias.
Outras iniciativas
Na Rodoviária do Plano Piloto, as mulheres foram homenageadas recebendo flores. , animou as pessoas que passavam por lá lembrando a data. Motociclistas brasilienses também comemoraram o dia fazendo um passeio. Elas se reuniram na 509 Norte e seguiram para o Congresso Nacional.
Na 104/105 Norte, local tradicional de Tai Chi Chuan, as mulheres puderam saber mais sobre a importância da arte milenar na vida feminina com direito a café da manhã, troca de flores, poesias e músicas chinesas. Por volta das 17h, elas serão lembradas em uma recital na 305 Norte com a pianista Marileia Conde.
A exposição Recomeço na Galeria do Palácio do Buriti, promovida pela Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília, também comemorou a data com café da manhã e imagens de exemplos de mulheres guerreiras e batalhadoras.
Com informações de Camila Costa