Cidades

Assassinato de sete adolescentes em Luziânia ainda inspira medo e mistério

Alguns pais ainda proíbem os filhos de brincarem na rua por temerem novos ataques

postado em 10/03/2014 06:01

Fernando Pereira com os filhos Joyce Pereira e Rodrigo Pereira na rua em que morava o crimonoso

A rua vazia e o olhar desconfiado dos moradores fazem parte da rotina do Parque Estrela Dalva 4. O bairro de Luziânia (GO), situado a 66km de Brasília, ficou conhecido há quatro anos no país por causa do pedreiro Adimar Jesus da Silva, o assassino em série que confessou ter matado e enterrado sete jovens da região. Embora morto, as memórias do maníaco ainda assustam a vizinhança, a ponto de pais evitarem deixar crianças e adolescentes saírem sozinhos. Além disso, a casa onde ele morava ganhou fama de amaldiçoada.

Desde o dia em que Adimar foi preso numa operação das polícias Federal e Civil, em 10 de abril de 2010, nunca mais o barraco de quatro cômodos foi habitado. Alguns dias após ele ser apontado como o autor dos sete homicídios, a residência foi depredada, saqueada e parcialmente incendiada. Em 2012, a irmã dele fez uma pequena reforma e colocou o imóvel à venda, mas interessados sempre desistem do negócio quando descobrem que ali morou o maníaco de Luziânia.



Abandonados, os cômodos passaram a ser usados por usuários de drogas. No quarto onde Adimar dormia, o Correio encontrou pontas de cigarro de maconha. Segundo os vizinhos, há também um forte movimento de prostituição no local. A história macabra motivou a mudança de três famílias da rua. Todas saíram do bairro por temerem que supostos comparsas de Adimar voltassem a atacar. No bairro, praticamente todos acreditam que o pedreiro não agiu sozinho. A polícia encerrou o inquérito e garantiu não ter encontrado indícios da participação de mais gente no crime.

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