Em vigor há apenas dois dias, as mudanças na Rodoviária do Plano Piloto revelam que os passageiros do Distrito Federal e, principalmente, do Entorno enfrentarão dias tumultuados no maior terminal da cidade. Os problemas já apareceram ontem, dia de teste das novidades. Mesmo com um fluxo consideravelmente menor de pessoas, muita gente reclamou de falta de informação sobre a troca das paradas de ônibus e das condições dadas ao embarque do transporte semiurbano na plataforma superior. Espera-se uma prova ainda mais difícil hoje, quando voltam a circular as 880 mil pessoas recebidas pela Rodoviária todos os dias.
Não faltaram motivos para queixas. No fim da manhã, os passageiros dos municípios goianos vizinhos ao DF se espremeram entre goteiras no puxadinho onde, desde ontem, funcionam os 20 boxes das 13 empresas habilitadas para fazer o transporte intermunicipal. Todos os dias, elas trazem 300 mil pessoas à capital. O jeito foi abrir o guarda-chuva para não se molhar debaixo da tenda, como fez a servidora pública Regina Lúcia Santos, 58 anos. ;Não somos cachorros. Olha como tratam os moradores do Entorno. Já andamos em ônibus velhos, inseguros, e, agora, jogam a gente para qualquer lugar;, criticou a moradora de Valparaíso.
O tamanho da estação improvisada também não convenceu a gerente comercial Susany Peres de Sousa, 27 anos. Esperando a hora de ir para casa, em Santo Antônio do Descoberto, ela questionou se, num dia de movimento normal, a área coberta comportará a quantidade de passageiros. ;Todo dia, formam três filas só de gente esperando para ir a Santo Antônio. Não vai caber nunca aqui e ainda fica perto da pista. Quero só ver isso no horário de pico;, apostou.
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