A Páscoa deverá abrir 3 mil postos de trabalho temporários este ano no Distrito Federal, segundo levantamento do Sindicato do Comércio Varejista local. São 300 vagas a mais do que o mesmo período de 2013. O segmento que mais impulsionou a criação de oportunidades foi o comércio, que expandiu as vagas em 66,6%. A previsão é que só o varejo empregue mil profissionais. Embora as contratações estejam em alta, a expectativa de vendas está mais comedida e não acompanha o entusiasmo das vagas. O incremento esperado é de 4% em relação à Páscoa passada.
Segundo o presidente do Sindivarejista, Edson de Castro, uma das explicações para esse descompasso entre a criação de vagas e as vendas pode ser a proximidade da Páscoa com o Dia das Mães, outra importante data para o comércio. ;O lojista aproveita o mesmo funcionário treinado para as duas datas;, acredita. Para a Páscoa, os contratos variam de 30 a 60 dias. Os principais cargos disponíveis são caixa, auxiliar administrativo, balconista, vendedor e estoquista. Os salários vão de R$ 750 a R$ 1 mil. Algumas vagas garantem vale-transporte e vale-refeição e, no caso dos vendedores, há previsão de comissão sobre as vendas. Os candidatos devem ter ensino médio completo. O profissional com experiência em comércio e cursos de vendas terá preferência.
Júlio César Alonso, 37 anos, é proprietário da maior franquia da Cacau Show do Brasil. São 11 lojas no Distrito Federal. Para conseguir atender o movimento de clientes, ele incrementou o quadro de pessoal em 40%. São 32 trabalhadores a mais do que os 80 fichados na empresa para as funções de empacotador, repositor e vendedor. Os temporários foram contratados e estão sendo qualificados pela própria franquia para começar a trabalhar o mais breve possível. ;Esperamos um aumento de 10% nas vendas nas nossas lojas, para compensar as vendas abaixo da expectativa do último trimestre de 2013 e início de 2014;, explica Júlio.
O empresário conta que os temporários interessados têm chance de efetivação. ;Natal e Páscoa são períodos de renovação na loja, a gente sempre acaba contratando alguém que mostra gás, pique e até mesmo os funcionários mais antigos se contagiam com essa renovação;, diz. De acordo Fábio de Carvalho, presidente do Sindicato do Comércio Atacadista do Distrito Federal (Sindiatacadista-DF), 30% dos temporários contratados no segmento são efetivados.
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