Na noite de 29 de janeiro, o drama de Ana Cleide Almeida, 55 anos, tornou-se a dor de uma cidade. O filho dela foi assassinado quando chegava em casa, em Águas Claras, durante uma tentativa de assalto. Ela vive o luto pela perda de Leonardo Almeida Monteiro e, diariamente, tem de aprender a seguir a vida sem ele. Em meio ao sofrimento, a mulher precisa encontrar forças para resolver questões burocráticas, como o pedido de pensão por morte no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), negado no início do mês. ;Como se não bastasse o que me foi tirado, o meu maior bem, recebo uma resposta dessas. Ele era o meu único filho e tinha muita capacidade para trabalhar e continuar me ajudando. É um absurdo;, reclama.
Viúva há 13 anos, Ana Cleide vive de pequenos bicos como esteticista. O filho, que trabalhava em uma boate de Taguatinga e aguardava ser convocado para assumir cargo na Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), contribuía com as despesas do apartamento onde os dois moravam, em Águas Claras. Como Leonardo não era casado e não tinha filhos, a mãe, como prevê a legislação, pode pedir o benefício. Ela providenciou os documentos solicitados para abrir o processo no INSS, mas a solicitação acabou indeferida. ;Deveria ser natural, sem ter de provar nada. É um desgaste emocional tão grande, como se ele tivesse pedido para morrer;, lamenta.
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