Cidades

Ministério Público denuncia jovens envolvidos na depredação do Itamaraty

Dois garotos são suspeitos de incendiar o prédio público durante manifestações em junho do ano passado; a pena pode variar entre quatro e oito anos

postado em 20/03/2014 20:07
Policiais militares expulsam os manifestantes que tentavam invadir o Palácio do Itamaraty, em 20 de junho de 2013, durante manifestação contra os gastos das Copas e contra a corrupção.
Dois jovens envolvidos na depredação do Palácio Itamaraty durante as manifestações de junho do ano passado foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF/DF), nesta quarta-feira (19/3).

Cláudio Roberto Borges de Souza e Samuel Ferreira Souza são suspeitos de incendiar a sede do Ministério das Relações Exteriores (MRE), causando danos ao patrimônio da União, e colocando em risco a vida das pessoas que estavam no local. A pena para o crime varia de três a seis anos de prisão, porém, por se tratar da depreciação de um prédio público, a pena pode ser aumentada para quatro a oito anos de prisão.

De acordo com a denúncia, durante protesto "Acorda Brasília", realizado na noite de 20 de junho de 2013, Cláudio e Samuel aproximaram-se do Palácio Itamaraty, onde havia um tumulto formado por manifestantes que queriam invadir o prédio. Eles são acusados de arremessar um coquetel molotov ; espécie de bomba caseira capaz de causar inflamações de rápida propagação -- com o intuito de provocar incêndio.



Segundo o procurador da República Valtan Furtado, o fogo só não assumiu maiores proporções porque integrantes da segurança e da brigada de incêndio agiram rapidamente.

A denúncia revela que os atos praticados pelos dois jovens, em conjunto com atos de outros manifestantes, resultaram em danos a oito ambientes do primeiro andar, três do segundo e dois do terceiro. Além disso, foram constatados 57 vidraças quebradas, uma parede e um portão pichados, e marcas de fogo nas persianas do corredor de acesso à sala do Cerimonial.

De acordo com o Ministério das Relações exteriores, os danos causados ao Palácio pelos denunciados e demais manifestantes custariam cerca de R$31 mil.

Além da depredação do espaço físico, houve também o risco de danos a objetos de valor histórico, como uma coleção de medalhas do ministério.

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