Cidades

Conheça histórias de quem venceu a luta contra o racismo

No Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, comemorado hoje, o Correio conta a história de vida de brasilienses empenhados em construir uma sociedade mais igualitária

postado em 21/03/2014 06:06

A batalha contra a discriminação racial é árdua, e nem sempre recompensadora. Os casos de racismo, recorrentes na sociedade, indignam muita gente, mas poucos tentam mudar essa realidade. É preciso ter coragem para enfrentar o preconceito a fim de garantir o direito a igualdade. No Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, o Correio ouviu a história de cinco pessoas que alcançaram vitórias nessa luta. Na área da educação, da cultura, da justiça ou na conscientização da sociedade, eles dedicam a vida para ver negros e brancos compartilharem as mesmas oportunidades.

Os resultados demoram décadas para aparecer, mas cada pequeno avanço é comemorado por esses ativistas. O engajamento de Nelson Inocêncio começou em 1995, quando se tornou professor da Universidade de Brasília (UnB). No cargo, a preocupação de discutir com os docentes a importância da representação negra no meio acadêmico sempre existiu. O trabalho se intensificou, três anos depois, quando foi elaborado o projeto para a implantação do sistema de cotas para negros na UnB.

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Como interlocutor, em 1999, o professor começou a mudar a história de uma UnB, até então, predominantemente branca. Ingressou no Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UnB (Neab) e logo foi eleito coordenador, cargo que ocupa até hoje. ;Foram anos de discussão, de trabalho, tentativas de articulação para fomentar a ideia. Só em 2003, conseguimos aprovar as cotas. Naquela época, a resistência era grande;, lembra. Chegou a ser rotulado de político por alguns, mas nunca desistiu e se orgulha de ver uma nova realidade nas salas de aula.

Se, na área da acadêmica, Inocêncio fez parte de um grupo de vanguarda, quando se fala de artes, o ator Hilton Cobra é o precursor do ingresso de negros no teatro. Aos 57 anos, ele preside a Fundação Cultural Palmares, cargo que considera um reconhecimento e oportunidade de atender as demandas da produção artística e cultural negra brasileira. Em 1974, Hilton Cobra atuava nos palcos da Bahia, onde nasceu. Dez anos depois, chegou ao Rio de Janeiro e, por questão de sobrevivência, além atuar, fazia trabalhos de iluminação dos espetáculos. ;Nessa fase, comecei a acender na minha cabeça essas questões negras. Assistia às peças todos os dias e não tinha nenhum negro;, afirma.

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