postado em 21/03/2014 12:18
A Secretaria de Justiça e o Procon-DF divulgaram, nesta sexta-feira (21/3), o nome de oito empresas de planos de saúde e duas administradoras de benefícios que foram multadas por excesso de reclamações de clientes. Em 2013, o órgão recebeu, em média, 15 mil reclamações.A operação, nomeada Bisturi, apurou práticas infrativas cometidas pelas empresas entre o início do ano passado e a última quarta-feira (19/3). O valor total a ser pago pelas empresas será de R$ 4,8 milhões. Todas as reclamações que não tiveram conciliação foram computadas. As multas foram calculadas de acordo com a gravidade das queixas.
As empresas multadas foram a Qualicorp (1.645 reclamações), Sulamérica (886), Amil (741), Unimed (707), Geap (209), Golden Cross (626), Aliança Admnistradora (155), Bradesco Seguros (154), PS Grupo Padrão (2) e ServBem (1). A companhias Qualicorp e PS Grupo Padrão são administradoras de benefícios.
A empresa com o maior número de reclamações, a Qualicorp, terá que arcar com multa de R$ 2 milhões. As empresas multadas terão dez dias para recorrer da decisão e 30 dias para pagar a multa.
Por meio de nota, a Qualicorp afirmou que "não atua como operadora de plano que oferece cobertura de assistência à saúde" e ainda disse que desconhece os critérios para a elaboração do ranking divulgado pelo Procon-DF. A companhia também enviou um requerimento ao órgão sobre a inclusão na listagem das operadoras.
A Geap informou que ainda não foi notificada, embora o Procon ter afirmado que todas as operadoras foram comunicadas sobre as multas hoje. A empresa disse que entende que há reclamações dos clientes e que continua com intenso trabalho para sempre atender melhor os usuários.
A Aliança Administradora disse que "entre 155 reclamações em um universo 200 mil clintes é relativamente baixo e provavelmente são reivindicações pontuais".
Em nota, a Bradesco Saúde apontou que aguardará a notificação das multas para avaliar as providências a serem tomadas. A seguradora ressaltou que foi "a primeira operadora privada certificada no programa de Acreditação, nos padrões da Agência Nacional de Saúde, com nota máxima".
A Amil disse que "não foi comunicada e desconhece o assunto. Assim que tiver conhecimento, a empresa tomará as providências devidas".
A SulAmérica informa que não foi comunicada pelo Procon-DF sobre o resultado final do levantamento realizado pelo órgão e nega que tenha sido notificada sobre aplicação de multa. A companhia alegou que não tem conhecimento sobre os critérios usados na pesquisa.
O Correio também entrou em contato com as outras empresas multadas, mas até a publicação desta reportagem não obteve as respostas.
Assista à reportagem da TV Brasília
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