Jornal Correio Braziliense

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Aos 43 anos, Ceilândia emprega metade da sua população economicamente ativa

A cidade que começou com barracos e era vista apenas como um assentamento de nordestinos, hoje emprega metade da sua população economicamente ativa, tem mais de 12 mil estabelecimentos comerciais e vida própria

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A Ceilândia, que um dia feriu ;o majestoso orgulho da flórea Capital;, não tem mais a aparência ;esquálida; frente à ;suntuosa Brasília;, como descreveu Carlos Drummond de Andrade em 1984, no poema Favelário Nacional. A criatura superou o criador, e a cidade pensada apenas para abrigar quem trabalhava na área central cresceu, se desenvolveu e, hoje, é o DF que depende dela. Com 450 mil habitantes, a senhora Ceilândia chega aos 43 anos no auge da forma. Emprega metade de sua população economicamente ativa, tem mais de 12 mil estabelecimentos comerciais e é responsável por um quarto do Imposto sobre Circulação de Mercadoria (ICMS) recolhido pelo GDF ; é como se R$ 1 a cada R$ 4 movimentados no DF passasse por lá.



[SAIBAMAIS] Criada em 1971 para legalizar os 79 mil moradores das invasões que naquela época já se espalhavam pelo DF, a Campanha de Erradicação das Invasões (CEI) demarcou quase 18 mil lotes de 10x25 metros ao norte de Taguatinga. Ali nasceu Ceilândia, batizada com este nome pelo secretário de Serviços Sociais, Otomar Cardoso, que juntou a sigla CEI ao sufixo de origem norte-americana lândia, que significa cidade. Ele estava com o governador Hélio Prates em 27 de março daquele ano, quando foi lançada a pedra fundamental da cidade no local onde, três anos depois, seria construída a Caixa D;água ;símbolo e,desde o ano passado, patrimônio da cidade).

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Assista à reportagem da TV Brasília

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