Cidades

Mãe luta para tratar epilepsia da filha com derivado de maconha em Brasília

Com o uso do medicamento, as convulsões foram zeradas em dois meses

postado em 31/03/2014 10:51

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Uma moradora de Brasília que luta para tratar a epilepsia da filha de cinco anos com uma substância derivada da maconha - e, portanto, proibida no país - é tema de documentário recém-lançado, que já conta com mais de 30 mil visualizações no Youtube (veja acima).

A mãe Katiele Fischer, paisagista, 33 anos, conta no filme Ilegal o drama vivido pela família ao conviver com uma doença rara da filha Anny, que tem convulsões desde os três anos. Ela tem a síndrome CDKL5, problema genético raro que causa epilepsia grave e sem cura. Anny chegou a ter 60 convulsões por semana.



Por meio de um fórum da internet, Katiele descobriu o medicamento Canabidiol (CBD), derivado da Canabis sativa, a planta de maconha, que podia tratar a doença da filha. A partir disso, ela passou a encomendar o medicamento não autorizado no Brasil. "Queríamos trazer da forma que fosse necessária, mesmo que fosse traficando. E foi o que a gente fez. A palavra é essa; é traficar. Eu ainda acho que tenho esse direito por ela mesmo sendo ilegal", diz.

Com o uso do medicamento, o pai Norberto Fischer, professor e funcionário público, explica que as crises semanais diminuiram de 60 para 19 em duas semanas. E após dois meses de tratamento, o número de crises zerou.

O documentário mostra que o CBD é um dos mais de 60 componentes ativos da Cannabis sativa, autorizado em vários estados americanos. O filme é parte do projeto REPENSE, que pretende trazer informação e debate em torno do uso da Cannabis medicinal.

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