Ele teria sido a última pessoa a ter contato com a criança. Miguel foi levado ao hospital na quinta-feira (27/3) com convulsão e vários hematomas pelo corpo, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu dois dias depois. Segundo a mãe da criança, Gabrielle Estrela, o padrasto permaneceu durante todo o tempo de internação do menino ao lado de sua família.
"Entreguei a vida do meu filho para esse homem cuidar"
Gabrielle já havia recorrido à internet para desabafar, antes de o suspeito se apresentar para a polícia. "Eu entreguei minha vida e a do meu filho pra esse homem cuidar, eu acreditei no amor e na bondade dele, eu o apoiei, eu o amei, e aceitei seus defeitos sem saber que ele era algo muito pior, minha família inteira se encantou por ele, fomos acolhidos e acolhemos ele e seu filho", publicou.
Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) indicou que a criança sofreu um grande impacto - possivelmente uma agressão - e que não caiu da própria altura. Para a delegada, há indícios de que um golpe teria sido desferido. "Não foi um tombinho a toa que causou o traumatismo craniano. Como o padrasto estava sozinho com a criança, prestou depoimento contraditório e tem envolvimento com lutas marciais, tudo indica que ele pode ter feito alguma coisa", contou Tânia.
Abuso
Os indícios de estupro surgiram com o registro de fissura anal na criança. Não se sabe ainda, porém, se a fissura possui origem interna (problemas de intestino) ou externa (abuso sexual). O resultado do laudo técnico que revela a causa da fissura sairá em no mínimo 15 dias.
(Com informações de Kelly Almeida)