Adriana Bernardes
postado em 03/04/2014 09:36
A violência no ambiente escolar nem sempre é explícita. Está mascarada em forma de brincadeiras de criança. Um apelido aqui, um empurrão ali, uma ofensa acolá. Até o dia em que a vítima adoece ou extravasa a raiva por meio de socos e pontapés. Na reportagem de hoje, da série ;O bê-a-bá da violência;, uma criança de 10 anos, o pai de uma menina de 3, e uma jovem de 22 relatam o drama e as consequências de terem sido alvo dessa agressão, muitas vezes invisível. É comum as vítimas não conseguirem denunciar. Pais e professores precisam ficar atentos aos sinais para tentar enfrentar o problema.
[SAIBAMAIS]A mudança de comportamento do filho despertou a desconfiança da funcionária pública Carolina Castro do Vale Ferreira, 35 anos. Gustavo era um menino alegre, extrovertido. Logo após mudar de escola, tornou-se retraído, ficou acuado. ;Eram sinais de tristeza evidentes. Perguntava a ele o que estava acontecendo e ele não dizia. Indagava na escola e eles não sabiam de nada;, conta a mãe.
Profissional da área de educação, ela começou a analisar todos os acontecimentos recentes que justificariam as reações do filho. A escola era a única novidade. ;Tirei-o da instituição. No novo colégio, ele voltou a ser o menino de antes. Só, então, me contou o que tinha acontecido;. Gustavo era alvo frequente de bullying. Os colegas escondiam a chuteira, pegavam o lanche dele, chegavam a segurá-lo para jogar objetos e xingá-lo. ;Contando comigo, eram 11 meninos na sala, nove faziam essas coisas. Falei com a professora e com a diretora. Elas só diziam que iria passar. Não passou;, relata o menino.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.