postado em 07/04/2014 07:15
A família de Ewerton da Rocha Ferreira espera há uma década para ver o homem acusado de ser o mandante do assassinato do jovem se sentar no banco dos réus. Mas o julgamento do ex-deputado Carlos Xavier, marcado para começar hoje, pode ser adiado. A defesa do ex-distrital, que teve o mandato cassado em 2004, espera a inclusão de informações no processo e vai pedir que uma nova data seja agendada, caso os dados requeridos não estejam disponíveis para a avaliação do corpo de jurados no Tribunal do Júri de Samambaia.
Com 20 volumes, o processo se arrasta desde a denúncia contra Carlos Xavier, em maio de 2004. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) vai sustentar a versão de que o então deputado distrital pelo PMDB mandou executar o adolescente como vingança. O jovem de 16 anos mantinha um relacionamento com a mulher de Xavier, Maria Lúcia Araújo Xavier. O advogado do político, Gilson Viana, vai tentar desconstruir o inquérito policial que apontou seu cliente como o responsável pelo crime. A defesa pretende apresentar uma investigação paralela que levaria ao latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte e a uma tentativa de incriminar Xavier.
A denúncia apresentada pelo Ministério Público e aceita pela Justiça traz detalhes para ligar o ex-deputado à morte do garoto. De acordo com a peça, o casamento de 14 anos de Xavier e Maria Lúcia era marcado por rotineiros e ;múltiplos relacionamentos;. Para atrair a companhia de jovens, entre eles Ewerton, ela costumava oferecer dinheiro e presentes caros, como celulares, roupas e tênis, diz a denúncia. A advogada Júlia Solange Soares de Oliveira acompanha o caso desde 2004 e vai atuar como assistente de acusação durante o julgamento. Ela sustenta não haver dúvidas de que Xavier foi o mandante do crime. ;As provas são muito fortes;, aponta.
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