Cidades

Manifestantes são detidos após confusão no Metrô de Ceilândia

Luiz Calcagno
postado em 09/04/2014 08:40
A estação do metrô foi depredada por passageiros
Um atraso na circulação de trens do metrô em Ceilândia Centro terminou em confusão na Avenida Hélio Prates, nesta quarta-feira (9/4). Segundo o Sindicato dos Metroviários, a manifestação começou após um trem quebrar na estação, por volta de 7h40. Alguns passageiros esperavam no local desde às 6h.

O sindicato informou ao Correio, ainda, que a primeira composição da estação Ceilândia, que estava programada para circular teve um princípio de incêndio após uma falha técnica, e não pode concluir o itinerário. O segundo trem, chegou a parar na estação, mas não conseguiu fechar as portas. Os passageiros se revoltaram e começaram a quebrar o vagão e, com ajuda de extintores, destruíram os vidros e jogaram pó químico na cabine do piloto.

Objetos foram jogados nos trilhos do metrô

Devido ao grande número de pessoas, os vigilantes tiveram que acionar o Batalhão de Choque da Polícia Militar. Revoltados, o grupo saiu do metrô e seguiu em direção a avenida Hélio Prates, que fica em frente a estação. Os passageiros fecharam a via em dois pontos, sentido Estrutural. A polícia tentou dispersar os manifestantes com bombas de efeito moral. Ao menos cinco pessoas foram detidas.

Mais cedo uma reapresentante do Sindicato dos Metroviários foi detida ao tentar entrar na sala de controle do Metrô-DF, em Águas Claras. A mulher alegou que foi agredida por vigilantes. A vítima registrou ocorrência e seguiu para o Instituto Médico Legal (IML) para fazer o exame de corpo e delito.

Segundo o sindicato, a sindicalista teria recebido uma denúncia informando que seriam disponibilizados 16 trens nesta quarta-feira, contrariando a determinação da greve de circular apenas com sete ou oito trens. O sindicato afirmou que algumas dessas composições que seriam colocadas em circulação estavam com defeito, e outras seriam pilotadas por funcionários da manutenção, que não têm qualificação para conduzir o trem. O sindicato salientou que a manutenção preventiva não é feita há meses, pois não há fiscalização.

Contrariando esta versão, o Metrô-DF alegou que a manutenção preventiva é feita diariamente no final do expediente. Acrescentou ainda que o conflito na sala de controle ocorreu porque a integrante do sindicato descumpriu uma ordem judicial e invadiu o local impedindo o trabalho dos funcionários. No entanto, o Metrô-DF afirmou que não houve agressão. E que o serviço seria feito por profissionais capacitados. O diretor presidente do Metrô-DF, Alberto Siqueira, estava na estação Praça do Relógio, em Taguatinga, acompanhando o embarque dos passageiros.

Revoltados com a qualidade do transporte, manifestantes colocaram cartazes na estação

Assista à reportagem da TV Brasília

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