Cidades

Rodoviários fecham acessos da rodoviária em protesto de três horas

Todas as entradas e saídas na plataforma inferior da Rodoviária do Plano Piloto ficaram fechadas. O começo do dia foi caótico no centro da capital

postado em 17/04/2014 07:31

Viaturas da Polícia Militar acompanham o protesto
Insatisfeitos com as condições de trabalho, rodoviários da empresa Piracicabana fecharam todas as entradas e saídas da plataforma inferior da Rodoviária do Plano Piloto. O protesto começou por volta de 6h30 desta quinta-feira (17/4) e só terminou três horas depois, quando os acessos ao terminal foram liberados.

[SAIBAMAIS]Segundo Carlos Melquíades, integrante da União dos Rodoviários do DF (URDF), motoristas e cobradores pedem por melhores condições de trabalho e reivindicam uma negociação com relação à data base que, segundo a categoria, não foi discutida com o governo. Melquíades acrescentou que ao menos 11 rodoviários da empresa Piracicabana foram demitidos hoje sem explicações. Cerca de 100 homens da Polícia Militar estiveram no local e negociaram a liberação dos acessos com os manifestantes.



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Devido ao protesto, os motoristas dos ônibus que chegavam ao local para pegar passageiros foram impedidos de sair. Em busca de uma alternativa, trabalhadores que dependem do transporte público seguiram caminhando para as paradas de ônibus do Eixo Monumental. O embarque e desembarque dos passageiros foram feitos nas proximidades da rodoviária com a ajuda de policiais militares. A ação dos rodoviários refletiu no trânsito da via S1, que ficou congestionado na altura do terminal.

Segundo o tenente coronel da Polícia Militar, Lucio Cesar, comandante do 6; Batalhão da PM, a policia está ciente de que o movimento pode voltar a ocorrer à tarde. "Se eles voltarem a protestar, a mobilização será ainda maior devido à véspera de feriado", disse.

"Grupo político", diz DFTrans
Para o diretor do DFTrans, Lúcio Lima, o grupo de rodoviários que organiza a manifestação é isolado e ligado a um grupo político que não representa a categoria. "O direito de manifestar é legítimo. O governo trabalha para garantir o direito de ir e vir dos cidadãos e é isso que estamos fazendo, mas não vamos mais admitir situações como essas", disse.

O diretor ressaltou que uma reunião deve ocorrer nesta manhã no Palácio do Buriti, entre a Secretaria de Governo, o sindicato dos rodoviários e alguns manifestantes para discutir as reinvindicações desta manhã. Segundo os manifestantes, caso não haja negociação, o grupo voltará a fechar a rodoviária no fim da tarde.

Passageira: "Revoltante"
A doméstica Maria Conceição, 36, relata a dificuldade que enfrentou nesta manhã. "Moro no Novo Gama, acordei 4h para levar o meu filho na creche e, quando chego à rodoviária, encontro essa bagunça. É revoltante", disse.

De acordo com a Polícia Militar, os funcionários da Piracicabana também tentaram fechar o terminal rodoviário do Cruzeiro por volta de 7h. No entanto, as vias de acesso foram liberadas pouco tempo depois sem causar transtorno para os passageiros. Procurada pelo Correio, a empresa Piracicabana afirmou que não se pronunciará sobre o caso.

Com informações de Rodolfo Costa

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