Caminhar pelos corredores da 2; Bienal Brasil do Livro e da Leitura é como presenciar o fim de um recreio no colégio: professoras de escolas públicas e particulares lideram grupos de crianças de mãos dadas, entre uma estante e outra. Meninos e meninas trocam figurinhas, assistem a contações de histórias nos auditórios e exploram os livros, novos e clássicos, expostos nos estandes. Além das excursões escolares, que reúnem cerca de 10 mil estudantes por dia, muitos pequenos pedem aos pais que os levem nas horas de folga. Cada um sai com pelo menos um livro nas mãos.
Filha de professora, Ana Clara Lopes tem 8 anos e não esconde o gosto pela leitura. Pediu à mãe que a levasse ontem, quando ela não teve aulas na escola. ;Meu livro preferido é O diário de um banana (série do americano Jeff Kinney). O que eu acho mais engraçado é que ele não gosta muito dos irmãos dele porque eles estão sempre o irritando. Mas eu gosto da minha irmã;, ressalva a garota. Ontem, ela levou um exemplar na mesma linha, O diário de uma garota nada popular, de Rachel Renée Russell.
A mãe da menina, Edirene Lopes, 37 anos, fica feliz em levar as filhas a um evento como a bienal. ;Acho interessante porque é uma tentativa de despertá-la para a cultura. Mas acredito que a escolha do livro tem que ser orientada, pois há muita coisa que não acrescenta nada. É bom ver escolas públicas por aqui porque geralmente essas crianças não têm muito acesso à leitura;, comenta a professora.
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A tímida Sofia Pontes, 7 anos, foi à bienal em busca de livros com os quais pudesse aprender sobre bichos. Com um exemplar sobre mamíferos em uma sacola, ela namorava uma pequena enciclopédia sobre o reino animal. ;Gosto dos livros da escola, mas quero ler outros sobre bichinhos porque quero ser veterinária quando crescer;, afirma. Sofia é a mais velha de três irmãs, e a rotina de leitura em casa é intensa. ;Eu e meu marido lemos bastante com elas. Temos o hábito de ler antes de dormir. Costuma ser um ritual longo porque cada uma quer que a gente leia uma história;, comenta a mãe, a psicóloga Mariana Pontes, 35 anos.
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