Cidades

Quadrilhas miram ataques a vítimas com malotes e altos valores de pagamento

Chama a atenção da polícia ataques a comércios em dias de pagamento, além de ações em agências bancárias

postado em 26/04/2014 08:13

Os ataques recentes a comércios, a bancos e a funcionários de empresas nas saídas de agências chamaram a atenção da polícia pelos altos valores levados pelos bandidos. Em menos de 24 horas, grupos distintos de criminosos renderam vítimas em diferentes cidades do Distrito Federal e fugiram, no total, com, pelo menos, R$ 145 mil em dinheiro. Ontem à tarde, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), dois homens, um deles armado, roubaram R$ 55 mil da Caenge S/A Construção, quando dois funcionários deixavam um banco. Na quinta-feira, assaltantes recolheram R$ 50 mil da unidade do Banco de Brasília (BRB) do Shopping Popular. No mesmo dia, um restaurante da 406 Sul teve prejuízo de R$ 40 mil.

O diretor-geral da Polícia Civil do DF, Jorge Xavier, afirmou que o roubo de grandes quantias não é frequente na capital federal. ;Chamou a atenção pela grande quantidade de dinheiro em um curto espaço de tempo, mas, a princípio, não há conexão com os fatos ocorridos nos últimos dias;, ponderou.



Em um dos casos mais recentes, os funcionários da Caenge foram abordados ontem, por volta das 14h, ao pararem o carro diante de um semáforo. Eles foram rendidos por dois homens em uma moto branca. Estavam armados e levaram R$ 55 mil recém-sacados em uma agência do BRB, na Quadra 5C do SIA, a cerca de 300m do local da abordagem. Além disso, os criminosos levaram a chave do veículo. Apesar de não terem sofrido agressões físicas, os empregados precisaram ser liberados do serviço por causa do abalo psicológico.

O diretor administrativo e financeiro da construtora, Arnóbio Neto Durães, informou que o prejuízo calculado até agora é maior do que a quantia levada pelos bandidos. ;Temos a questão psicológica dos funcionários e a necessidade de contratar mais seguranças particulares porque no SIA não tem. Mas um setor de indústria como esse deveria ter uma segurança mais forte. Sentimo-nos sem nenhum apoio;, queixou-se Arnóbio.

No Núcleo Bandeirante, uma outra ação ficou marcada pela violência. Os assaltantes armados renderam a funcionária que abria uma lotérica, pouco antes das 6h. A vítima teve os cabelos puxados e foi obrigada a ficar de joelhos, enquanto os criminosos procuravam malotes. Além de dinheiro, levaram o que tinha nas gavetas dos guichês. Segundo testemunhas, fugiram em um carro branco. O sistema de câmeras do local não estava ligado no momento do ataque. O funcionário da banca localizada ao lado da lotérica Reginaldo da Silva, 44 anos, disse que tem medo. ;A gente trabalha como receio de que alguma coisa aconteça, mas reza para que Deus nos proteja.;



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