postado em 27/04/2014 08:01
Sob a porta principal do auditório, uma placa escrita em inglês pode ser traduzida como a alma da Escola de Música Levino de Alcântara, mais conhecida como Escola de Música de Brasília. ;Nós somos os fabricantes de música e nós somos os sonhadores dos sonhos.; A frase de Willy Wonka, protagonista de A Fantástica Fábrica de Chocolate, é um resumo poético dos 40 anos de existência da instituição responsável pela formação musical de Brasília.
Os corredores quase não mudaram desde a fundação, em 11 de março de 1974. O som, no entanto, foi bastante modificado. A escola foi concebida pelo maestro Levino de Alcântara (leia Para saber mais), também criador do Madrigal de Brasília, para ser um celeiro de música clássica na cidade. No início, os alunos aprendiam instrumentos típicos de orquestra, como violino, clarinete, trombone e contrabaixo, e o objetivo era formar músicos capazes de integrar sinfonias. Entretanto, em pouco tempo, a música popular encontrou seu caminho rumo à escola. Em 1978, a Sala de Concertos abrigou um show de Cartola, que ali mostrou composições que à época já eram obras-primas, como Acontece e O mundo é um moinho, e As rosas não falam. Da pluralidade de sons, floresceram orquestras sinfônicas, como a do Teatro Nacional, e cantoras de rock, como Cássia Eller. ;Aqui é onde a guitarra encontra a viola de gamba;, resume o diretor da escola, maestro Ayrton Pisco.
Mesmo com portas abertas à música popular, toda e qualquer formação na escola começa com o ensino do clássico. ;São cinco séculos de história. A música clássica é a base, tudo converge para ela, que não se restringe a momento e a lugar;, acredita Pisco. Essa veia ganhou fôlego extra com a criação da Orquestra Sinfônica da Escola de Música neste ano. Na última quarta-feira, o conjunto fez o terceiro concerto, em homenagem ao aniversário de 54 anos de Brasília.
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