postado em 27/04/2014 08:02
Todas as quartas-feiras, a sala 8 do Anexo II do Hospital Universitário de Brasília (HUB) fica lotada. Gente de 18 a 80 anos procura o Programa de Controle de Tabagismo da unidade para parar de fumar. Só 10% ficam na tentativa. Os outros 90% conseguem. O fenômeno estatístico ; é o único grupo do Brasil com um índice tão alto ; espelha a eficácia do trabalho de Eliane de Fátima Duarte. Há quatro anos no hospital da UnB, a médica revitalizou o núcleo de ajuda a fumantes que querem largar o vício. Hoje, o grupo de controle é referência no Distrito Federal.
Os medicamentos oferecidos pelo programa do HUB são exatamente os mesmos disponíveis em outros lugares. Todos são abastecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A diferença de resultado em cada grupo de trabalho é a forma de abordagem. Não existe lista de espera nem marcação de hora. ;A única coisa que você tem que fazer é comparecer. Não precisa agendar. Só preenche um cadastro na hora e, se quiser, começa no mesmo dia o tratamento;, resume.
Não há promessas nem milagres. Há uma insistência científica em transformar tudo o que se sabe sobre os males do vício em sabedoria para abandonar o hábito ;suicida;, nas palavras de Eliane. ;As pessoas veem o cigarro como um amigo. Mas algo que te mata não pode ser seu amigo. A terapia ajuda a desfazer as associações entre o cigarro e o prazer, o relaxamento. É difícil. Muito mais difícil do que superar a dependência química;, argumenta. Para isso, as sessões costumam ser longas.
A matéria completa está disponível , para assinantes. Para assinar, .