Renato Alves
postado em 27/04/2014 08:03
O Distrito Federal voltou a ouvir falar de Tatico na semana passada. Desta vez, em função do antigo supermercado, no centro da Ceilândia. A Agência de Fiscalização (Agefis) ensaiou cumprir, na terça-feira, uma ordem judicial e derrubar os 3 mil metros quadrados de área pública invadida pelo comércio há 27 anos. Mas bastou funcionários do estabelecimento fecharem uma via para o órgão recuar. Venceu, mais uma vez, a irregularidade e a corrupção, uma marca do dono da loja, que fez fortuna sonegando impostos e contando com a benevolência dos amigos políticos e a morosidade do Judiciário.
Os problemas de José Fuscaldi Cesílio, o Tatico, com a polícia vêm desde 1975, quando a Polícia Civil do Rio de Janeiro o indiciou por estelionato. De lá para cá, foram dezenas de acusações. Elas vão de contrabando, sonegação fiscal e receptação de produto roubado a crime contra a ordem tributária. No entanto, Tatico conseguiu ser absolvido ou teve a pena extinta por causa de demora do julgamento.
Condenado a sete anos de prisão, em 2010, o então deputado federal José Tatico (PTB-GO) se tornou o primeiro parlamentar a receber do Supremo Tribunal Federal (STF) uma pena que o mandaria à cadeia. Após apresentar recursos e aguardar três anos para a Corte analisar as apelações, ele acabou beneficiado com a prescrição da pena. Naquele ano, o julgamento aconteceu justamente um dia antes de ele completar 70 anos. À época, a Justiça o condenou por apropriação indébita previdenciária e sonegação de contribuição previdenciária, em um entre as dezenas de processos que acumula. Apesar de escapar da prisão, Tatico é considerado um condenado. Tem esse registro em sua ficha criminal.
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