Evitar que a cidade fique travada pelos congestionamentos e garantir o mínimo de mobilidade para o brasiliense é um desafio a ser conquistado pelo Governo do Distrito Federal. Os problemas começam pelo mais simples, como liberar a pista em caso de acidente, organizar o fluxo de veículos quando o sinal para de funcionar ou rebocar carros que impeçam ou dificultem o tráfego. Para isso, porém, falta pessoal, veículos e equipamentos. Por causa da escala de trabalho, apenas 100 agentes do Departamento de Trânsito (Detran) estão todos os dias nas vias. Muito pouco para cuidar de uma frota de 1,5 milhão de veículos.
Nas vias urbanas, a intervenção deve ser feita pelo Detran. Nas distritais, pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER). O secretário de Transporte, José Walter Vazquez Filho, criticou esses dois órgãos, em entrevista ao Correio publicada na edição da última segunda-feira. ;A qualquer cidade que a gente vá por aí, quando dois carros batem, vem o ;azulzinho; ou o ;marronzinho; (guarda municipal) apitando para liberar a pista. Atuam quando o semáforo quebra e evitam bloqueio das ruas. O Detran no DF se concentra nas atribuições relativas ao Estado. Por isso, falta a gestão municipal do trânsito;, afirmou.
Leia mais notícias em Cidades
Vazquez defende, por exemplo, a criação de cargos de fiscais de trânsito com nível médio e salários mais baixos na estrutura do Detran. O diretor-geral da autarquia, Rômulo Augusto de Castro Félix, no entanto, alega que não faz parte da política do órgão contratar fiscais de trânsito com vencimentos menores do que os atuais. E enumerou uma série de iniciativas para melhorar a fluidez do trânsito, como a compra de 220 no-breaks, instalados nos semáforos até o fim do ano. ;Temos ainda o helicóptero, que enxerga o ponto de retenção do alto. Ele passa essas informações para as viaturas, que, por terra, são enviadas ao local;, explicou.
A reportagem fez um levantamento sobre a estrutura de fiscalização e as medidas adotadas pelos órgãos de trânsito das cidades de São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba para melhorar o tráfego local (leia Ações). Das quatro, as capitais mineira e paranaense ; essa última considerada modelo de investimento em transporte de massa ; têm a pior proporção de agentes por frota registrada. Em Belo Horizonte, é um para cada 3,9 mil veículos. Em Curitiba, um para 3,8 mil veículos. Brasília lidera o ranking do melhor salário da categoria: R$ 5,4 mil. A diferença é que, no DF, exige-se curso superior.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.