Cidades

Corpo de taxista espancado até a morte em Rodoviária é enterrado

A família estava indignada com o laudo do IML, que apontou a morte como morte natural, por um problema cardíaco

postado em 12/05/2014 18:29

Amigos e familiares participaram do enterro de Boaventura Alves Neto


Cerca de 200 pessoas participaram, nesta segunda-feira (12/5), do velório e do enterro do taxista Boaventura Alves Neto, 63 anos, morto depois de ser espancado por dois homens na madrugada de domingo (11/5). Os familiares e amigos de Boaventura estavam revoltados com o fato de o laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) classificar o caso como morte natural decorrente de cardiopatia. "Ele foi agredido e estava com vários machucados no rosto. Isso que está escrito aqui está errado", disse Washington Silva, 37 anos, filho da vítima.

Boaventura Alves Neto, 63 anos, foi espancado ao tentar ajudar o amigo

O taxista foi enterrado por volta das 16h, no Cemitério Campo da Esperança. Colegas afirmaram que trabalham com medo, pois, além do perigo das corridas, testemunham a falta de policiamento em locais estratégicos, como a Rodoviária do Plano Piloto e o aeroporto. O presidente da Cooperativa dos Condutores Autônomos de Brasília (Coobrás), Leopoldo Rodrigues Ferreira, destacou que Boaventura era um profissional exemplar e costuma trabalhar à noite para reforçar os rendimentos.


A presidente do Sindicato dos Permissionários de Taxi e Motoristas Auxiliares do Distrito Federal (Sinpetaxi), Maria do Bonfim Pereira de Santana, cobrou do governo mais policiamento e a volta das paradas obrigatórias em barreiras de fiscalização. "Estamos sempre com a nossa vida em risco. Saímos para trabalhar e não sabemos se vamos voltar, assim como aconteceu com o Boaventura".

Assista à reportagem da TV Brasília

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