Cerca de 200 pessoas participaram, nesta segunda-feira (12/5), do velório e do enterro do taxista Boaventura Alves Neto, 63 anos, morto depois de ser espancado por dois homens na madrugada de domingo (11/5). Os familiares e amigos de Boaventura estavam revoltados com o fato de o laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) classificar o caso como morte natural decorrente de cardiopatia. "Ele foi agredido e estava com vários machucados no rosto. Isso que está escrito aqui está errado", disse Washington Silva, 37 anos, filho da vítima.
O taxista foi enterrado por volta das 16h, no Cemitério Campo da Esperança. Colegas afirmaram que trabalham com medo, pois, além do perigo das corridas, testemunham a falta de policiamento em locais estratégicos, como a Rodoviária do Plano Piloto e o aeroporto. O presidente da Cooperativa dos Condutores Autônomos de Brasília (Coobrás), Leopoldo Rodrigues Ferreira, destacou que Boaventura era um profissional exemplar e costuma trabalhar à noite para reforçar os rendimentos.
A presidente do Sindicato dos Permissionários de Taxi e Motoristas Auxiliares do Distrito Federal (Sinpetaxi), Maria do Bonfim Pereira de Santana, cobrou do governo mais policiamento e a volta das paradas obrigatórias em barreiras de fiscalização. "Estamos sempre com a nossa vida em risco. Saímos para trabalhar e não sabemos se vamos voltar, assim como aconteceu com o Boaventura".
Assista à reportagem da TV Brasília
[VIDEO1]